O Deputado Federal Delegado Fabio Costa fez um pronunciamento duro sobre a forma como o governo de Paulo Dantas trata profissionais da segurança pública. O caso mais recente, segundo ele, envolve o policial civil José Klinger, que ficará três meses sem receber salário por ter enviado um áudio comentando uma ocorrência ligada ao pagamento de combustível com notas falsas. O carro usado no episódio estava registrado em nome do então major da PM Ibson, apontado como o mesmo oficial flagrado com uma mala supostamente cheia de dinheiro que, de acordo com investigações, seria do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor.
Fabio Costa disse que o policial pediu desculpas e esclareceu o áudio, mas mesmo assim foi punido. “Esse é o retrato atual do tratamento do governador com os profissionais da segurança pública: quem trabalha certo é punido e perseguido, mas quem mancha a imagem da polícia militar é protegido e promovido”, afirmou. Ele também citou que o delegado Lucimério Campos, que encaminhou o caso para a Polícia Federal, foi afastado da função que exercia.
O deputado relatou outros episódios que, segundo ele, revelam um padrão. O sargento Marcelo Pereira Nicolau foi transferido de Maceió para Mata Grande, a centenas de quilômetros de casa, apenas por ter enviado uma figurinha com a imagem do major em um grupo de WhatsApp. Já policiais que protestaram pacificamente na frente da Procuradoria-Geral do Estado, cobrando o pagamento de horas trabalhadas, foram afastados e tiveram suas armas recolhidas, permanecendo desarmados até hoje.
Enquanto isso, disse Fabio Costa, o então major Ibson não só não foi punido como recebeu duas promoções: passou a tenente-coronel e, recentemente, a coronel fechado. “Não duvido que daqui a algum tempo ele seja o novo comandante-geral da PM”, comentou. Para o parlamentar, a postura do governo de Paulo Dantas “inverte valores” e enfraquece a confiança da população nas instituições que deveriam protegê-la.