A Lei Seca foi aplicada em Alagoas no ano de 2012 e desde então, houve uma redução considerável de acidentes e consequentemente uma economia nos cofres públicos. Na manhã desta terça-feira (17) uma coletiva contou com a presença de representantes do Detran, BPRv e PRF, apontando a diminuição de mortes de 48% e uma economia anual de R$ 10 milhões.

Segundo o diretor presidente do Detran, Antônio Carlos Gouveia, neste período foram realizadas 29 mil abordagens, 2.400 CNH’s (Carteira Nacional de Habilitação) foram suspensas, 300 pessoas presas, 1.750 não tinham habilitação e 110 pessoas portando documentos falsos.

“O intuito da operação não é fiscalizar por fiscalizar. Os dados mostram isso. Algumas pessoas pagam R$ 2.500 por uma habilitação falsa, mas não querem pagar R$ 1.500 para ser habilitado”, afirmou.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, representada pelo superintendente Remi Gomes de Alcântara, nas rodovias federais houve redução no número de acidentes de 14% e redução de +30% de vítimas, se comparados os anos de 2015 e 2016. As reduções trouxeram uma economia entre R$ 10 e 13 milhões por ano aos cofres públicos.

O Detran ainda divulgou que em 2016, o número de veículos chegou a mais de 753 mil. Com relação aos acidentes, em 2014, 12 mil pessoas foram vítimas de acidentes e em 2016, 8 mil redução de 22%, ou seja, 2.614 vítimas a menos.

Em 2012, ano em que iniciou a lei seca, foram registrados 73 óbitos por acidentes. Em 2016, 38 pessoas morreram. Redução de 48%. Número registrado pelo Hospital Geral do Estado (HGE).

Segundo Renan Silva, representante do setor de segurança de trânsito, as reduções apontam melhorias e economias, mas muito precisa ser feito. “Existe um impacto social quando esses acidentes acontecem. Familias desamparadas, porque muitas vezes o provedor ou provedora perde a vida. Do ponto de vista econômico, quase 400 milhões são gastos por conta desses acidentes, por ano em Alagoas. Esse dinheiro, fazendo um cálculo básico, serviria para construção de quatro hospitais de médio grande porte. Índice ainda é muito alto. Mas a gente tem observado que alguns avanços tem ocorrido e vamos continuar trabalhando para reduzir ainda mais”, concluiu.

*Colaboradora