A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) notificou o aumento no número de casos de tétano acidental em Maceió, o que também aumentou a preocupação do órgão. Somente esse ano foram sete casos registrados em Alagoas sendo que quatro foram somente na capital alagoana. Uma pessoa morreu esse ano em decorrência da doença.

De acordo com a Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no ano passado tiveram quatro casos confirmados em todo o estado. “Isso significa que precisamos redobrar a atenção com o agravo e alertar a população de que ela deve se manter atenta à imunização preventiva – disponibilizada gratuitamente em todas as unidades do município – reduzindo os riscos da evolução da doença em caso de um corte ou perfuração acidental”, ressalta a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SMS, Cecília Villaverde.

A doença apresentou uma elevada letalidade em todo o país entre 1990 e 1997, com diminuição alternada em alguns anos. Essa diminuição acontece quando o diagnóstico e o início do tratamento são precoces.

Mesmo acometendo todas as faixas etárias, o tétano acidental se mostra mais frequente entre homens adultos, na faixa de 20 a 60 anos, que fazem parte dos chamados grupos de risco, como agricultores, trabalhadores da construção civil e aposentados, grupo com maior risco de se ferir com objetos de metal. E apesar de ser uma doença imunoprevenível, a letalidade é alta, pois de cada 100 pessoas que adoecem, cerca de 30% morrem.

De acordo com o enfermeiro Fábio Henrique Peixoto, técnico da Coordenação, a principal medida de prevenção e controle é vacina antitetânica, disponibilizada em todas as unidades da rede municipal de saúde. O esquema completo recomendado têm início na infância, com 3 doses administradas no 1º ano de vida e reforços aos 15 meses e 4 anos de idade. A partir dessa idade, é preciso garantir um reforço a cada 10 anos após a última dose administrada ou 5 anos, se for gestante.

“Mas é necessário lembrar que no caso de ocorrer um acidente de qualquer natureza – corte feito ao pisar em um prego, lata velha, arame ou vidros contaminados, por exemplo – seja superficial ou profundo, o mais indicado é procurar o serviço de saúde de urgência e emergência mais próximo, levando o cartão de vacina, para que sejam iniciadas as medidas de controle o mais rápido possível, impedindo a evolução e agravamento do quadro”, frisa Fábio Henrique.

A doença – O tétano acidental é uma doença infecciosa aguda não contagiosa, causada pela ação de exotoxinas produzidas pelo Clostridium tetani, que é encontrado na natureza, sob a forma de esporo, podendo ser identificado em pele, fezes, terra, galhos, arbustos, águas putrefatas, poeira das ruas, trato intestinal dos animais (especialmente do cavalo e do homem, sem causar doença). Ele provoca um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervoso central e os sintomas clínicos são febre baixa e espasmos. Em geral, o paciente mantém-se consciente e lúcido.

É considerado caso suspeito todo paciente acima de 28 dias de vida que apresenta um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: trismo (dificuldade de abrir a boca), disfagia, riso sardônico, rigidez abdominal, contratura da musculatura paravertebral (opistótono), da cervical (rigidez de nuca) e de membros, independentemente da situação vacinal, da história prévia de tétano e de detecção de solução de continuidade da pele ou mucosas.

Além da vacina, procedimentos devem ser adotados assim que o incidente acontecer como a limpeza com água e sabão no local do ferimento.

Serviço:

Mais informações com a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SMS, Cecília Villaverde (99922-1566) e os técnicos Fábio Henrique (99909-4045) e Ana Patrícia (99976-5078).

*Com informações da Assessoria