Um serviço especial para as mães foi lançado no Aeroporto de Miami recentemente. Para oferecer privacidade, estão disponíveis oito cabines de aleitamento, com confortáveis instalações.

A proposta é oferecer às mães um local privado e tranquilo para amamentar seus bebês, afirma Emilio González, Diretor do Aeroporto Internacional de Miami (MIA). "Isso nos transforma no aeroporto dos Estados Unidos com o maior número dessas inovadoras unidades para as mães lactantes", completa Gónzalez.

 

As unidades foram divididas entre seis terminais do complexo. As instalações chamadas de "MIAmamas" são suítes de 1,2m X 2,4m, que acomodam uma pessoa. Com investimento total de US$ 128 mil, as cabines são equipadas com tomadas para máquinas de extração de leite, além de uma mesa dobrável para prováveis trocas de fralda, e porta com fechadura. Vale ressaltar que as mães não precisam necessariamente amamentar nessas dependências. A amamentação em qualquer local do aeroporto é livre.

A idealizadora da proposta foi a fundadora da companhia Mamava, Sacha Mayer, após passar por uma experiência nada confortável de extrair leite em um banheiro de aeroporto. O projeto dessas unidades antecede a inauguração de uma sala de recreação infantil, que complementa os serviços oferecidos aos viajantes. Famílias com crianças que têm passagem aérea para Miami para as férias já poderão aproveitar mais um local de entretenimento.

O Aeroporto Internacional de Miami é um dos mais movimentados do mundo. Dados recentes apontam que, em 2015, circularam cerca de 44,3 milhões de passageiros. É o terminal dos Estados Unidos que dispõe do maior número de voos para América Latina e para ilhas do Caribe, como Punta Cana por exemplo.

O local já conta com excelente infraestrutura, com restaurantes, lojas, bancos e muitos outros serviços. Mais essa área própria para famílias com bebês é muito bem-vinda pelos visitantes, inclusive para as lactantes que viajam a trabalho ou férias e precisam aguardar por outros voos, levando em conta que 40% dos passageiros fazem escala no aeroporto de Miami.

Sobre o aleitamento materno Segundo

Organização Mundial de Saúde “O aleitamento materno é forma mais eficaz de assegurar a saúde e sobrevivência das crianças”. Se os bebês fossem alimentados apenas com leite materno durante os seis primeiros anos de vida, e continuassem a beber esse leite até os dois anos, a morte de 800 mil crianças seria evitada. O XI Simpósio Internacional de Aleitamento Materno que aconteceu em Berlim, Alemanha, no início deste ano, revelou descobertas importantes sobre o alimento. Além de conter importantes nutrientes que protegem a saúde, previne a obesidade e contribui para o desenvolvimento cerebral. A conferência abordou também alguns aspectos sobre os “bancos de leite”.

Recorrer ao um banco de aleitamento é o melhor recurso para as mães impossibilitadas de amamentar. Durante o simpósio foi discutido a conservação desse leite e a pasteurização dos leites coletados, que o mantém em boas condições, mas elimina bactérias essenciais no processo. Uma solução para esse problema foi o apresentado por Susanne Herber- Jonat, pesquisadora da Universidade Ludwig Maximilians, mostrando como funciona o banco de leite materno de Munique. Nele, a coleta para uso posterior é supervisionada, em condições de total higiene, submetido a um controle rigoroso parecido com o das coletas sanguíneas. A seguir, é apenas refrigerado, mantendo mais nutrientes que na pasteurização.

Outra opinião importante foi defendida por Jack Newman, pediatra coordenador da primeira clínica dedicada à amamentação no Canadá. Em recente visita São Paulo, onde participou do terceiro Simpósio Internacional de Assistência ao Parto (Siaparto), o médico defendeu a proibição dos bicos artificiais e incentivou a amamentação com a afirmativa que o leite materno é superior a qualquer outro alimento oferecido aos bebês.