Unanimidade em política é algo difícil de ocorrer, especialmente quando está em jogo uma eleição, caso da futura Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, que dá visibilidade e poder aos seus membros.

É exatamente o que vem ocorrendo na definição dos nomes na corrida pela presidência da Câmara de Maceió. De quase unanimidade, agora Kelmann Vieira (PSDB) enfrenta a formação de um grupo, que já teria 7 vereadores, também de olho nos cargos da Mesa.

O comentário nos bastidores é que este grupo vem sendo construído pelo vereador Chico Filho (PP), mas que não seria ele (Chico) quem disputaria a chefia do Legislativo. Especula-se que esse nome seria o de um vereador eleito pela primeira vez, mas muito ligado ao prefeito.

Como Rui Palmeira (PSDB) tem uma excelente parceria com Kelmann, a inteligência da articulação do grupo dos 7 estaria exatamente nessa ligação política e pessoal também existente entre o prefeito e o vereador de primeiro mandato.

Ou seja, caso esse nome vingue e seja efetivamente apresentado e mantido na disputa, de certa forma neutralizaria e blindaria o prefeito de sua conhecida preferência por Kelmann.

A aposta é de que Rui Palmeira não teria condições políticas e pessoais de defender o nome de um ou do outro, ficaria neutro, também porque os dois o apoiaram na disputa pela reeleição.

É fato, ainda, que, apesar do surgimento do grupo dos 7, Kelmann conta com o apoio de 13 vereadores em torno do seu nome.

O que significa que hoje tem ampla e folgada maioria.