Atitude do comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar (BPM), de Palmeira dos Índios coronel da PM Valle, que pediu ajuda financeira aos vereadores do município para consertar viaturas, praticamente irritou o comando da Segurança Pública em Alagoas.
O coronel foi recebido pelos parlamentares antes de iniciar a sessão ordinária, expôs toda situação de infraestrutura e solicitou a colaboração de R$ 1.500,00 para retirar os veículos da oficina e estariam fazendo falta na manutenção da segurança da cidade.
O caso gerou repercussão em Palmeira dos Índios e nas redes sociais, pelo fato do comandante ir à Câmara pedir "vaquinha" para pagar o conserto das viaturas. De acordo com informações, ele revelou ter contraído uma dívida no valor de R$ 1.500,00 para pagar a manutenção dos veículos, o que causou toda polêmica.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP/AL) disse que tais iniciativas são repudiadas pela cúpula, e que o Comando-geral da Polícia Militar de Alagoas realizou uma reunião com o tenente-coronel Valle. Também afirmou que o comandante-geral, coronel Marcos Sampaio falou que nunca foi procurado por Do Valle para falar sobre qualquer problema ou carência na unidade.
O Comando-geral da Polícia Militar emitiu uma nota para informar a público que “não autoriza qualquer membro da corporação a solicitar apoio financeiro ou material a qualquer entidade, seja pública ou privada”, também afirmou que “em relação às viaturas próprias, a corporação realiza todas as manutenções preventivas”.
A reportagem tentou contato com o coronel Do Valle, mas estava em reunião com o comando.
Leia a nota na íntegra:
O Comando-geral da Polícia Militar de Alagoas vem a público informar que não autoriza qualquer membro da corporação a solicitar apoio financeiro ou material a qualquer entidade, seja pública ou privada.
Em referência as publicações de alguns meios de comunicação, que expõe a solicitação de ajuda financeira a Câmara Municipal de Vereadores do município de Palmeira dos Índios, o Comando vem afirmar que mais de 95% da frota de viaturas do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM) é locada, cuja manutenção é de responsabilidade das locadoras. Em relação às viaturas próprias, a corporação realiza todas as manutenções preventivas.
Atualmente, apenas um dos veículos do 10º BPM, se encontra sem utilização, o mesmo apresentou problemas há menos de 20 dias, sendo que o seu conserto já foi solicitado através da Diretoria de Apoio Logístico. O processo licitatório para a compra do material já está em fase final.
Posteriormente a nota divulgada pelo Comando da Polícia Militar, a corporação emitiu um novo comunicado em seu site oficial, que relatava a negativa de pedido, por parte do Coronel Valle. Confira a nota:
O comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Roberto Valle, informou na manhã desta quinta-feira (10), que não solicitou ajuda financeira aos vereadores do município de Palmeira dos Índios.
De acordo com o oficial, o mesmo estava realizando uma operação próxima a Câmara de Vereadores da cidade, quando foi convidado para entrar no plenário e conversar com os representantes municipais. Como funcionário público, aceitou a solicitação.
Também segundo o comandante, ao relatar sobre o atual momento da segurança pública em Palmeira dos Índios, um dos vereadores citou que estava notando a ausência de uma viatura caminhonete L200, que servia ao Pelotão de Operações Especiais (PELOPES).
Valle explicou que o veículo estava com problemas com o Kit de Embreagem, e por conta disso, os militares estariam utilizando uma viatura locada. Neste momento, um dos vereadores o questionou sobre qual seria o valor necessário para realizar o reparo na L200, Valle respondeu que o kit custaria por volta de R$ 1.500, e que já tinha solicitado o conserto junto ao setor responsável, aguardando apenas os trâmites burocráticos.
Os próprios camaristas, pensando em agilizar o reparo do automóvel, se disponibilizaram em arcar com os custos, porém, o tenente-coronel agradeceu a intenção, e disse que primeiro, iria solicitar ao Comando-geral da corporação e o Ministério Público, a analise da legalidade da doação.








