Desde setembro o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) e o Governo do Estado estão debatendo a melhor forma para atender às demandas da categoria diante das limitações, principalmente financeiras que o país atravessa. Sem chegar a nenhum acordo a categoria tem deflagrada uma série de paralisações de 24 horas e ameaça deflagrar uma greve por tempo indeterminado.

Diante da mobilização a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) afirma que a reivindicação de ajuste salarial pleiteada pela categoria, que seria em torno de 79% revela que os sindicalistas “vivem em um mundo fora da realidade”, informou a assessoria de Comunicação da Secretaria.

A segunda paralisação será nesta sexta-feira (11). A orientação do Sindicato é para parar tudo, delegacias da capital e do interior, especializadas, centrais, regionais, setores da Polícia Civil de Alagoas.

Na última quinta-feira, os participantes estiveram adesivando veículos e distribuindo panfletos com o que a categoria alega serem “os verdadeiros números da violência em Alagoas. A ação aconteceu na frente do Palácio de Governo.

Confira abaixo a nota da Seplag na íntegra.

A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) esclarece que o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) tenta desvirtuar as informações debatidas em Mesa de Negociação Permanente do Governo.

Ao pleitear um aumento salarial de R$ 3.062,00 para R$ 5.500,00, o que significaria um reajuste de 79,59%, fica claro que os membros do Sindicato vivem em um mundo fora da realidade, sem considerar o atual momento de crise financeira em todo o País. Vale ressaltar que o Governo de Alagoas apresentou uma proposta de aumento salarial à categoria, que foi rejeitada pelos servidores.

A Seplag ressalta que o Estado tem como função acolher a todas as categorias profissionais dos servidores públicos do Poder Executivo, o que inviabiliza o atendimento exclusivo aos pleitos do Sindpol, que não tem se flexibilizado durante os encontros em Mesa de Negociação.

Em relação ao questionamento do sindicalista sobre o aumento de funcionários na Seplag, seria preciso ter o mínimo respeito em aguardar o comparativo dos números, conforme foi acordado no encontro da última segunda-feira (07). De acordo com o explicado em reunião com os sindicalistas, o aumento da folha da Seplag deveu-se ao processo de exoneração e nomeação de cargos, respeitando os termos da Lei Delegada nº 47, de 10 de agosto de 2015.

É preciso considerar que as medidas de austeridade do Governo ajudaram a enxugar a folha de pagamento estadual em mais de 30%, tornando Alagoas o Estado com menor número de comissionados no Brasil.

A Seplag reitera que a ética, transparência e proximidade são premissas do Governo de Alagoas e têm sido colocadas em prática com os servidores públicos alagoanos, ao procurar fazer uma gestão com responsabilidade, evitando que a sociedade alagoana vivencie um caos, como tem acontecido em diversos estados da Federação.