Em Viçosa a vereadora Micheline Fernandes (PV) que ao longo desses quatro anos de seu mandado dividiu seu tempo de parlamentar presidindo a Casa Legislativa e que agora se encontra na condição de vice do referido órgão, entrou para história como a mais intransigente pessoa dentro da Câmara daquele município, sobretudo no que se refere ao combate a corrupção. Foi a responsável maior pelo afastamento do prefeito Flauber Torres envolvido numa série de maracutaias. Porém, suas virtudes não refletiram neste domingo nas urnas, quando tentava chegar ao cargo de prefeita. É que Micheline obteve apenas 441 votos, contagem que nem daria para se eleger como vereadora, nessa disputa. Isso porque 17 candidatos que concorreram ao cargo tiveram uma soma bem maior de votos.
Empolgada com a performance de seu trabalho à frente de Câmara, Micheline com apoio do marido, Gustavo Toledo (ex-secretário de Esporte de Maceió na gestão de Cícero Almeida), entrou na disputa, entendendo que seria reconhecida pelo rico discurso de campanha, sobretudo amparada pelo seu grau de honestidade e defensora do povo de Viçosa. “Vamos quebrar as algemas, chega de coronelismos” dizia a candidata. “Infelizmente cada povo tem um governo que merece”, disse a presidente estadual do PV, Sandra Menezes, ironizando os eleitores daquele município depois do fracasso da campanha. O futuro prefeito de Viçosa é o candidato Davi Brandão (PDT), que obteve 7.594 votos. João Bosco (PRP) ficou com 7.003 votos, e Micheline (PV) 441 votos.