Em nota enviada à imprensa na tarde desta terça-feira, dia 28, a prefeitura de Roteiro afirma que o município não tem nenhum tipo de envolvimento nas fraudes de licitações de merenda escolar investigadas pela operação “Broterhood”, deflagrada pela Polícia Federal nesta manhã.

Conforme a nota a prefeitura destaca que a investigação é direcionada a empresas e não ao município. O documento reforça que estão sendo tomadas todas as providências para que, caso sejam identificadas empresas envolvidas nas investigações e se tiverem algum tipo de serviço junto à Prefeitura estas terão seus contratos suspensos.

Veja abaixo a nota na íntegra.

O Município de Roteiro – AL esclarece que, ao contrário do que está sendo divulgado, NÃO é alvo da denominada operação “Brotherhood” deflagrada pela Polícia Federal. A operação investiga algumas EMPRESAS que venceram processos licitatórios que tinham como objetivo o fornecimento de merenda escolar e NÃO o Município de Roteiro, fato que foi exposto pela própria Polícia Federal em uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (28).

Na oportunidade, repudia toda e qualquer forma fraudulenta de contratação de empresas para qualquer tipo de finalidade, destacando que todas as contratações realizadas pelo Município de Roteiro ocorrem de forma LEGAL e TRANSPARENTE, em estrita observância aos princípios constitucionais e administrativos que regem a Administração Pública.

O Município de Roteiro está colaborando com as autoridades policiais e judiciárias a fim de que as mesmas possam cuidar da responsabilização de todos os envolvidos. Por fim, informa que está tomando todas as PROVIDÊNCIAS necessárias com a finalidade de identificar as empresas envolvidas e que estejam, ainda, prestando serviço ao município para, posteriormente, SUSPENDER os respectivos contratos, acaso existentes.

O caso

Nesta manhã a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da operação Brotherhood (do inglês irmandade) que investiga casos de fraude em licitações sobre merenda escolar. A ação ocorreu em 20 municípios alagoanos e desviou cerca de R$ 12 milhões.

Segundo as investigações mais de 20 empresas podem estar relacionadas às fraudes.  Agentes da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União cumpriram 15 mandados de coerção coercitiva e 20 de busca e apreensão.

O delegado federal Roberto Loreano Curi, que comandou a operação, disse durante entrevista coletiva que as investigações tiveram início em 2015, quando a Controladoria Geral da União (CGU) identificou a fraude no processo licitatório para aquisição de merenda no município de Traipu.

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