Existem mais de 80 mil ciclomotores circulando em todo o Estado de Alagoas, a maioria   apreensivos com as novas exigências do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). No meio do ano passado, os proprietários de ciclomotores iniciaram uma série de protestos contra a determinação, os condutores alegam não ter condições de arcar com as despesas de emplacamento e adesão da (ACC), autorização para Condução de Ciclomotores.

Outro problema a ser enfrentado é o analfabetismo, pois a maior parte desses condutores não sabem ler e nem escrever, dificultando ainda mais a adesão da ACC.

Para Wilson Oliveira vice presidente da Associação das cinquentinhas de Maceió, a situação é preocupante já que 80% dos donos de ciclomotores são analfabetos.

 O processo para retirar a ACC leva, no máximo, um mês. O cumprimento das 20 horas/aulas do curso teórico deverá levar uma semana, e do prático, com 10 horas/aulas, dois dias. Mesmo considerando a marcação das provas teórica e prática, o usuário vai gastar menos tempo para tirar uma ACC.

O diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL), Antônio Carlos Gouveia, falou que foi prorrogado por mais 180 dias a obrigatoriedade da Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC).  

A decisão foi tomada, em razão dos últimos ajustes de adequação dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) para atender aos procedimentos exigidos pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O Departamento de trânsito irá debater o tema com os proprietários de autoescolas, para orientar como recepcionar a categoria.

Segundo o deputado estadual Tarcizo Freire (PP), seu apoio aos condutores prossegue e afirmou que continua buscando mecanismos legais junto ao diretor-presidente do (Detran/AL), Carlos Gouveia, e com o vice-presidente da Associação das cinquentinhas Wilson Oliveira, para que os donos de ciclomotores possam aderir a ACC e emplacar seus veículos. Salientou também que a prova oral é uma opção para aqueles condutores que não sabem ler e escrever.

"Não se justifica que pais de família, pessoas de bem, que usam seu meio de transporte como instrumento de trabalho, sejam perseguidos e discriminados”, observou Tarcizo, lembrando que sempre defendeu a classe dos motociclistas.