Reabriram para atendimento nesta segunda-feira (16) oito blocos do PAM Salgadinho, que estavam fechados para reforma. Durante a reabertura, o secretário municipal de Saúde, José Thomaz Nonô falou dos planos de entregar o espaço totalmente reformado até o final do ano e disse que irá solicitar na Justiça a suspensão da greve dos servidores do PAM.

A prefeitura entregou hoje a reforma dos blocos A, B e C do PAM e reabriu os blocos J, L, N, I e O que receberam pequenos reparos. Durante a entrega, o secretário de Saúde disse que o município pretende reformar o Lacrim e a área de odontologia, que atualmente está desativada.

A meta é concluir a reforma dos demais blocos até o final do ano. O último bloco a entrar em reforma será o centro cirúrgico, já que exigirá gastos mais elevados. A reforma era uma reivindicação antiga de médicos e servidores. No ano passado, o Conselho Regional de Medicina (Cremal) ingressou com um pedido de interdição ética, por faltas de condições de trabalho. Os médicos chegaram a entrar em greve, seguidos dos servidores.

“A nossa meta é terminar o PAM até o fim do ano, mas sabemos que existem dificuldades e lidamos com o inesperado. A nossa idéia inicial é que até o fim do ano todo o PAM já esteja pronto. Mas não posso prometer isso, vamos trabalhar para que aconteça”, disse Nonô.

Ele também comentou sobre a greve dos servidores do PAM e disse que irá ingressar com o pedido de suspensão ainda hoje. Os servidores entraram em greve no ano passado.

“Tivemos dois desafios em meio à reforma do PAM. A greve dos servidores por falta de condições de trabalho e a greve geral dos servidores da Saúde. Durante este período, muitos servidores continuaram trabalhando normalmente, outros não trabalharam nem aqui nem nos outros postos. Vou hoje a tarde solicitar a suspensão da greve dos servidores do PAM, já que as condições de trabalho já estão boas, o Cremal [Conselho Regional de Medicina] mesmo já verificou”, completou.

Na semana passada, a Justiça determinou que o Município de Maceió devolvesse, em até 15 dias, os valores descontados dos salários dos servidores em greve. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde disse que o desconto tinha como base uma decisão do desembargador Tutmés Ayran que, em novembro do ano passado, considerou a greve legal, mas determinou que 50% dos profissionais permanecessem em atividade. O desconto, segundo a nota, foi efetuado por conta do descumprimento desse percentual estabelecido na decisão judicial.

*Colaboradora