Galba fala sobre polêmicas envolvendo licença e suplente: "Jamais faria acordos espúrios"

05/05/2016 17:30 - Vanessa Alencar
Por redação
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Pivô de uma polêmica envolvendo a legalidade da posse de seu primeiro suplente na Assembleia Legislativa, o deputado Galba Novaes (PMDB) contou ao blog que sua licença para tratar de assuntos particulares não tem relação com quem possivelmente assumirá a vaga: o vereador por Maceió, Marcelo Gouveia (PRB).

Gouveia é autor da ação de perda de cargo eletivo por desfiliação partidária sem justa causa, movida contra Novaes junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL).

Por conta disso, nos bastidores, surgiram boatos de que o parlamentar estaria cedendo à vaga ao ex-colega de partido para arrefecer os ânimos ou que a licença seria um plano de Galba para “obrigar” o vereador a renunciar ao mandato na Câmara ou a primeira suplência na Casa de Tavares Bastos.

“Precisei me licenciar para acompanhar o tratamento de saúde de um familiar e para dar andamento a um projeto que será muito bom para a sociedade, mas que prefiro ainda não adiantar o conteúdo. Jamais tiraria licença em acordo com o vereador. Também jamais faria acordo para beneficiá-lo, nem faria nada para prejudicar ninguém. Meu mandato é limpo, sem mácula. Não faria acordos espúrios”, afirmou o deputado.

Sobre a ação no TRE, Novaes contou que nesta segunda-feira aconteceu a oitiva das testemunhas e reforçou que não cometeu infidelidade partidária.  “A infidelidade foi do partido comigo. Eu saí do partido que eu ajudei a fundar e para onde fui a convite do ex-presidente José Alencar, com justificativa, porque fui traído e isso ficou muito claro. O partido me tirou da presidência no dia 19 (de setembro de 2015) e colocou o Bispo Haroldo no lugar, mas eu só soube da minha destituição no dia 23, quando fui avisado pelo bispo”, frisou.

Na conversa, o deputado também voltou a externar sua decepção com o parlamento estadual: “Foi a pior opção da minha vida fazer parte da Assembleia, sem desmerecer ninguém que está lá”, desabafou, lembrando o descaso da Mesa Diretora com 17 projetos de sua autoria, entre eles alguns que sequer foram lidos e outros que ainda não receberam parecer nas comissões.

Enigmático – e sem entrar em detalhes - Novaes disse que ainda hoje “paga” pelo fato de ter mantido em 21 o número de vereadores na Câmara, ao invés de aumentar para 31: “Ainda não me perdoaram por isso, mas estou tranquilo. Se o número tivesse aumentado, a Câmara estaria hoje gastando mais R$ 12 milhões por ano”.

Voltando ao assunto da licença, o deputado contou que está solicitando a suspensão do pagamento de seus salários pela Câmara de Maceió (ele optou por continuar recebendo como servidor da Casa) enquanto estiver afastado. “Se eu recebesse como deputado, ao entrar em licença para tratar de assuntos particulares, eu ficaria sem receber salário, então é natural que eu não receba o salário da Câmara. Tenho renda declarada para viver nesse período”, esclareceu.

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