Depois de muita negociação, que envolveu o Executivo e o Judiciário, os policiais civis que estão em greve decidiram, no final da noite desta sexta-feira (29), desocupar a entrada do Porto de Maceió. Ontem pela manhã eles autorizaram que os caminhões carregados de combustíveis entrassem para descarregar.
O diálogo que foi decisivo para a que a categoria acatasse ao pedido do Governo do Estado aconteceu na noite de ontem no Tribunal de Justiça. Após o encontro, os líderes o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) decidiram que devem deixar o local até o meio dia deste sábado (30).
No encontro, o secretário titular da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), Christian Teixeira, apresentou aos sindicalistas os reais motivos pelos quais, atualmente, o Estado não poderia conceder o reajuste de 172% na folha da categoria, conforme pleiteado pelo sindicato.
"Com muita transparência, conseguimos novos avanços. Há um caminho a ser percorrido e estamos confiantes de que juntos resolveremos o impasse. O Sindicato reconheceu que sem diálogo, não há conquistas. E é em busca de soluções que estamos trabalhando", realçou Teixeira.
Estiveram presentes na reunião o presidente do TJ-AL, desembargador Washington Luiz, e o secretário de Segurança Pública do Estado, coronel Lima Júnior. Uma nova reunião entre o Sindpol e Estado foi marcada para a próxima terça-feira (3). A expectativa é que, juntos, um acordo seja feito para dar fim à greve dos servidores.
O acampamento fixado no Porto vinha causando prejuízos financeiros para o órgão e também a população, que começou a sentir os efeitos do protesto, já que muitos postos de combustíveis começaram a ficar sem combustível. O administrador adjunto do Porto de Maceió, disse ao CadaMinuto que o fechamento estava causando um prejuízo diário de U$100 mil dólares.
Ontem, sindicalistas ligados ao Porto convocaram a imprensa para relatar a dificuldade que os trabalhadores portuários estão passando devido ao fechamento do terminal por um grupo de policiais civis em greve.
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*Com informações da Agência Alagoas