Atualizada às 13h
Pelo menos 20 trechos de rodovias federais que cortam Alagoas foram bloqueadas por integrantes de movimentos sociais, na manhã desta sexta-feira (15). O objetivo da ação é chamar a atenção para a violência no campo.
A atividade acontece a nível nacional para cobrar segurança para as famílias que vivem no campo, melhores condições de trabalho e também a favor da democracia. O Movimento Via do Trabalho e outras entidades também participam dos protestos. Em Alagoas, foram bloqueados trechos da BR-101 que cortam os municípios de Joaquim Gomes, Flexeiras, Junqueiro, Novo Lino, Campo Alegre e Teotônio Vilela, além da BR-104 no município de União dos Palmares e Murici, na BR- 316 em Atalaia, na rodovia estadual AL-225 em Piranhas, Olho D’Água do Casado e Delmiro Gouveia, na AL-215 em Cajueiro e na AL-101 Norte nos municípios de Matriz do Camaragibe, Porto Calvo, Maragogi e São Luis do Quitunde.
Por volta do meio-dia as rodovias começaram a ser liberadas e no começo da tarde apenas o trecho da BR-423, em Água Branca, permanecia bloqueado.
Segundo o diretor nacional do Movimento Sem Terra (MST), José Roberto da Silva, os protestos devem durar até o meio dia e ocorrem em forma de protesto ao 20 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, que completa 20 no próximo domingo (17). Na época, 19 sem-terra foram mortos por ação da polícia.
“No próximo domingo o massacre de Eldorado dos Carajás comemora 20 anos de impunidade, então em todo o Brasil estamos realizando esta atividade para cobrar melhores condições de vida para o homem do campo e também pedir justiça pelo caso”, disse.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está monitorando os protestos que ocorrem nas rodovias federais. Nos locais apenas ambulâncias estão autorizadas a passar pelo bloqueio. Os motoristas que pretendem trafegar pelos trechos interditados estão sendo orientados e buscar rotas alternativas.
*Com informações da PRF