Aprendendo com os erros

18/03/2016 03:52 - Omar Coêlho
Por redação

​ ​Eu era garoto, mas sempre ficava atento àsconversas entre meu pai, Marcos Mello, e seus eternos, saudosos e queridos amigos Ib Gatto e Hélio Ramalho, nas quais comentavam que o Brasil era o “país do futuro” e lamentavam que os excessos cometidos pelos governos militares, após o General Castelo Branco, homem que queria devolver o país a normalidade rapidamente, tivessem destruído o surgimento de novas lideranças políticas.

​ ​Naquela época, confesso que não entendia muito bem do que estavam falando, mas hoje observo que tinham toda razão. O que fizeram com o Brasil?

​ ​Aniquilaram as novas lideranças que poderiamter surgido, naturalmente, no ambiente universitário e nos sindicatos, e trouxeram de volta, com a anistia, velhas lideranças, em sua maioria, contaminadas pela ideologia comunista e viciadas nas práticas totalitárias de determinados países.

​ ​Quando caiu o “Muro”, vimos a podridão e a corrupção instalada na classe dirigente daqueles regimes. Dava pena ser como aquele povo sofreu, enquanto os homens do “Partido” viviam nababescamente no luxo e na luxúria.

​ ​Lembro-me do tempo da faculdade, ainda meio “reacionário”, de ver a luta constante do meu amigo Cássio Araújo, militante do PCdoB, tentando convencer-me de que a Albânia era um paraíso na terra, tentando entregar-me um jornalzinho com essa ficção comunista.

​ ​Na verdade, eu creio que, politicamente falando, posso ser considerado um caso não tão comum. Na minha adolescência tinha posições altamente conservadoras, de direita, diferentemente da grande maioria dos jovens, sempre contestadores e de olhares apaixonados pela esquerda, na época, comunista. 

​ ​Somente com o passar dos anos, fui caminhando para o lado contrário, e atualmente me considero um homem de centro, com especial preocupação voltada para o social. Segundo um amigo muito querido, o ex-presidente da OAB Nacional Cezar Britto, sou o cara dedireita mais à esquerda que ele conhece. Na verdade, sou um social democrata.

​ ​Retomando o fio da meada, vejo que, dessa junção das antigas lideranças anistiadas, com uma juventude que não exerceu a liderança, derivou o que estamos vendo agora: um verdadeiro “mar de lama”, do qual parece que não se salvará ninguém. Mas sabemos que em toda regra há exceções. 

​ ​A ganância pelo poder eterno e riqueza trouxe esse caos no Brasil atual. Vejo estupefato tudo que tem sido mostrado na imprensa sobre toda essa gigantesca  roubalheira, orquestrada exatamente por um partido que garantia que, ao chegar ao poder, mostraria a todos nós como é que se governaria com honestidade e competência. 

​ ​Os gastos de campanha são apenas uma agulha no palheiro, perto da incontrolável e doentia fome defortuna dessa turma perigosa. Essas pessoas mostram não acreditar que existe um Deus que tudo vê, e não tememSua ira.

​O que estamos presenciando nestes últimos dias, é inimaginável. O ex-presidente Lula e a presidente Dilma usando cargo para tentar evitar que um suposto criminoso seja detido, sítios, triplex, fortunas em nome de parentes, uma podridão sem parâmetro na história brasileira.

​Torço para que as instituições, apesar de maculadas, infelizmente, consigam superar todas suas deficiências, em razão do caráter duvidoso de alguns de seus membros, e dêem exemplo à Nação Brasileira. E que nós, Povo Brasileiro, com iniciais maiúsculas mesmo, não deixemos verdadeiros vândalos se apossarem do Poder por tanto tempo.    

​ ​Acredito que, após todo esse sofrimento de uma nação, iremos avançar, limpando a sujeira e estabelecendo novas metas, acreditando na evolução natural dos seres humanos e, nesse sentir, também nos novos políticos que se apresentam e nos antigos que se mostraram decentes até aqui, para que possam construir e manter biografiashonradas, ajudando o povo brasileiro a viver um novo momento político, econômico e social, com dignidade de conduta dos homens públicos e merecida prosperidade para o nosso sofrido povo. 

​Por fim, vamos às ruas, como diz o poeta: quem sabe faz a hora, não espera acontecer!

​Basta de tanta corrupção!

 

 

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