“O Mova manterá seu posicionamento firme diante de qualquer cenário”, responderam os representantes do Movimento Cultural Alagoano ao serem questionados, pelo blog, se as políticas que envolvem a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) ficarão suspensas enquanto a pasta tiver sob o comando de Mellina Freitas.
As principais diretrizes culturais (contidas na página oficial movacultura.wordpress.com) do Mova são: a criação de um novo Conselho de Cultura e de uma Lei de Incentivo à Cultura Alagoana; investimentos na reestruturação, fortalecimento e democratização da gestão dos equipamentos culturais; adoção da política de editais para acesso aos recursos e reestruturação da Secult.
A questão é: para que esses pontos principais caminhem é necessário o canal com a Secretaria, mas, a principal bandeira do movimento é justamente a mudança da titular da pasta.
Chegamos a um impasse?
O grupo reclama que, há alguns meses, vem buscando, sem êxito, diálogo com o Governo do Estado, e confirma aguardar que a Secretaria de Cultura seja comandada por um “gestor preparado para o cargo e com ficha limpa”.
O governador Renan Filho (PMDB), por outro lado, demonstra, indiretamente, que não pretende intervir no assunto, já que existe uma pasta para isso – gostem ou não do gestor escolhido para comandá-la. Sem contar, que o chefe do Executivo está satisfeito com o trabalho desenvolvido pela secretária.
E se houver um convite para o diálogo apenas com a Secult?
“Será uma decisão dos segmentos culturais e das entidades de classe aceitarem ou não. Esse não é um papel do Mova”, responderam os representantes.
"Consideramos que a nomeação de Mellina Freitas à Secretaria de Estado da Cultura é um ato de violência contra o setor. É do conhecimento de todos que ela ocupa o cargo para usufruir de foro privilegiado e escapar das acusações que sofre na justiça. Uma situação escandalosa e ultrajante, que não pode de modo algum ser ignorada”, destacou o Movimento.
Já ficou mais do que claro que Mellina não representa os interesses do Mova, que tem todos os motivos para criticar a escolha, mas, até agora, o impasse não gerou frutos positivos para a cultura.