ALE: deputado cobra resultado de auditorias de hoje e do passado

24/02/2016 14:53 - Vanessa Alencar
Por redação
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Iniciada em junho do ano passado, o resultado da auditoria realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na folha de pagamento dos servidores efetivos da Assembleia Legislativa, ainda é um mistério. Prevista para novembro de 2015, a conclusão do trabalho foi adiada.

Na ocasião, o vice-presidente da Casa, Ronaldo Medeiros, explicou que o atraso se deu porque os técnicos encontraram dificuldades para localizar a parte legal necessária ao andamento da auditoria.

O problema é que a demora tem fomentado, nos bastidores, boatos dando conta de irregularidades sérias descobertas na folha.

A pedido do blog, o deputado Bruno Toledo (PSDB) falou sobre o assunto na manhã de hoje, em entrevista ao jornalista Luis Vilar, na Rádio Globo. O parlamentar lembrou que não é a primeira vez que “a Assembleia inventa de fazer auditoria na folha e a sociedade não vê o resultado”.

“Antes que tentem desqualificar, que criem contradição onde não existe, deixo claro que também critico o passado: a sociedade tinha o direito de saber o resultado. Porque não foi divulgado? Eu não sei”, disse em referência ao levantamento realizado após a Operação Taturana, quando o pai dele, Fernando Toledo, presidia a Casa.

O deputado cobrou também a vigilância da população: “Precisamos ter respostas dessa auditoria, a sociedade tem esse direito. Precisamos saber o tamanho do que se fala tanto e punir os culpados por qualquer mal feito. Vou cobrar respostas, mas quero também que a sociedade cobre, se manifeste”.

Ele alertou ainda que não é possível deixar a impunidade reinar, mas, por outro lado, criticou a generalização. “Defendo que se punam os culpados, precisa ser apontado quem são os culpados por eventuais crimes, delitos, equívocos, seja o que for”, afirmou, lembrando o caso recente das lavadeiras que sequer sabiam onde ficava o parlamento, mais “recebiam” salários da Casa: “Cadê o resultado disso? Quem foi o parlamentar responsável?”.

“O que espero é o resultado dessa auditoria, apontando culpados... Houve enxerto? Quem foi o culpado? Não apontem o dedo sem saber. Generalizar não resolve a vida de ninguém”.

Bruno Toledo aproveitou o momento para tentar tirar um pouco das costas do atual e dos antigos presidentes da ALE o peso da responsabilidade. “Não é justo apontar o presidente por tudo. O órgão mais forte da Casa é o plenário, que delibera sobre tudo... É uma Casa onde cada um representa a força dos 27”.

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