Meu avô materno costumava repetir sempre o ditado “melhor um amigo na praça que dinheiro na caixa”. A frase me volta à memória agora, diante do bazar que acontece neste sábado, 13, e cujo valor arrecadado será revertido para o tratamento de saúde de dois jornalistas que sofrem com doenças degenerativas: Carlos Miranda e Olívia de Cássia.
 
Além de convidar a todos para o evento, que acontece de oito ao meio-dia no ginásio do Sesc Poço, aproveito para contar um pouco dos bastidores dessa ação que começou com uma ideia simples e – esperamos todos – irá culminar em uma bela ajuda para os colegas.
 
O bazar mobilizou dezenas de amigos, principalmente jornalistas, de forma direta ou indireta, e arrecadou centenas de objetos os mais variados: livros, roupas novas e usadas, sapatos, acessórios, equipamentos eletrônicos, comidas, DVDs... Cada um doou o que pôde, da forma que pôde.
 
Mas, alguns colegas doaram algo que não é possível mensurar em números, catalogar ou, muito menos, colocar preço: tempo. Tempo para criar um grupo onde o evento foi organizado e os envolvidos reunidos, tempo para receber, recolher, separar e organizar as doações, tempo para se envolver, tempo para mobilizar, tempo para divulgar, tempo para servir de exemplo.

A todos, aplausos, mas, aos doadores de tempo, mais que isso: respeito. Respeito também à faxineira de uma das empresas apoiadoras do bazar, a Sodiê Doces, que doou quatro passadeiras feitas por ela para o evento e a tantos anônimos que colaboraram da maneira que conseguiram.

Essas pessoas me lembram outra fase popular, imortalizada na propaganda: tem coisas que não têm preço.