Os casos suspeitos de dengue em Alagoas entre janeiro e novembro deste ano tiveram um aumento de 68,14% em relação ao mesmo período em 2014. Segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) nesta quinta-feira (03) foram notificados até o dia 30 de novembro 27.050 casos da doença em 100 municípios alagoanos. A situação é preocupante já que 39 municípios estão em risco de surto de dengue e zika vírus.

A situação de alerta que vive a saúde pública do Estado levou gestores municipais de saúde a se reunirem com a secretária estadual Rosângela Wyszomirska para traçarem estratégias e ações de combate à dengue, ao Zika e à Febre Chikungunya.

A nota técnica da Sesau afirma que o aumento no número de casos de dengue em Alagoas pode ser reflexo da introdução do Zika no estado, já que de início Alagoas orientou que os casos suspeitos de Zika fossem notificados como Dengue.

Dentre os casos notificados como dengue, 14.518 foram confirmados, 4.045 foram descartados e 8.487 estão em investigação. Os município de Batalha, Canapi, Dois Riachos, Inhapi, Maravilha, Mata Grande, Olivença, Ouro Branco e Palmeira dos Índios são considerados pela Sesau em situação epidêmica, já que registraram mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes.

Estão em situação de alerta Arapiraca, Belo Monte, Craíbas, Estrela de Alagoas, Girau do Ponciano, Jaramataia, Olho D’Água do Casado, Poço das Trincheiras, São José da Tapera e Senador Rui Palmeira. Em outros 33 municípios a taxa de incidência é de 100 casos para 100 mil habitantes e em 50 não houve notificação no período das últimas quatro semanas.

Sobre a Febre Chikungunya foram comprovados em Alagoas 49 casos em quatro municípios: 01 em Arapiraca, dois em Maceió, três em Batalha e 43 em Major Izidoro.

Os dados divulgados são preocupantes, já que de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde estão de risco de surto 39 municípios. Nestas cidades o Índice de Infestação Predial está acima de 3%. Outros 34 municípios, que a nota da Sesau não especifica quais são, estão em alerta de dengue e zika.

A Sesau afirma que vem desde janeiro intensificando o trabalho juntos aos municípios de controle ao Aedes Aegypti, com ações de monitoramento rápido do trabalho de campo e de força tarefa para municípios que registraram aumento de casos.