O país está em alerta. O crescimento assustador do número de bebês com microcefalia no ano de 2015 nos estados do Nordeste, e até do Centro-oeste, deixou a população brasileira amedrontada. Até a última quarta-feira (25), já eram 739 casos. A principal suspeita recai sobre o Zika vírus, que, apesar de causar reações leves nos adultos, parece afetar de forma violenta as gestantes e seus fetos.

Até a última terça-feira (17), o Ministério da Saúde havia registrado 399 casos de microcefalia em sete estados do nordeste. Pernambuco (268), Sergipe (44), Rio Grande do Norte (39), Paraíba (21), Piauí (10), Ceará (9) e Bahia (8). Uma semana depois, os casos notificados quase dobraram; também porque estados que não tinham notificações de microcefalia e passaram a procurá-los, como é o caso de Alagoas.

Num primeiro momento, há uma semana, a Secretaria de Estado da Saúde confirmava apenas que eram três os casos de microcefalia, dentro da normalidade estatística para a anomalia em Alagoas, de acordo com registros anuais anteriores. No entanto, após a alarmante divulgação dos casos feita pelo próprio Ministério da Saúde, o estado passou a procurar por casos que se encaixassem naquele perfil e já confirmou 42 bebês com microcefalia, entre já nascidos e fetos.

Ao todo foram 16 casos em Maceió, 16 em Santana do Ipanema, três em Palmeira dos Índios, dois em Delmiro Gouveia, um em Teotônio Vilela e outro em Arapiraca e mais três casos intrauterinos, identificados a partir de ultrassonografia, em Arapiraca, Canapi e Girau do Ponciano.

Os especialistas concordam que ainda não é possível afirmar de forma contundente e incontroversa que o vírus da Zika seja o responsável direto pelos casos de microcefalia que têm sido registrados. No entanto, a Fiocruz informou que o Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz concluiu diagnósticos que constataram a presença do genoma do vírus Zika em amostras de duas gestantes da Paraíba, cujos diagnósticos de microcefalia foram confirmados por exames de ultrassonografia.

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