Bienal: roqueiros dos anos 80 falam sobre ponte entre música e literatura
Mediado pelo jornalista Luis Vilar, editor-geral do grupo CadaMinuto, o bate-papo entre os roqueiros e escritores Carlos Maltz, ex-baterista do Engenheiros do Hawaii, e Thedy Correia, vocalista da banda Nenhum de Nós, foi uma das atrações da noite de terça-feira, 24, na 7ª Bienal do Livro de Alagoas.
A dupla iniciou a conversa falando sobre a ponte entre música e literatura. “A geração rock anos 80 é muito ligada a ideias, livros... É tudo uma coisa só”, disse Maltz, citando outros artistas da mesma geração que também se arriscaram nas letras, a exemplo de Lobão.
Ainda sobre a década de ouro do rock nacional, resumiu: “Foi a época em que a música brasileira peitou, nas prateleiras, a música internacional”.
O músico, escritor, psicólogo e astrólogo, contou que, hoje, mais do que nunca, está sempre atento a melodia dos que as pessoas lhe contam. “Presto muita atenção nas palavras que não são ditas e escrevo livro para não ficar doido”, brincou.
Thedy Correia revelou que a relação do Nenhum de nós com os livros é antiga e que o ponto de encontro dos integrantes do grupo – que se conheceram na infância – ocorria na biblioteca do colégio onde estudavam, em Porto Alegre.
O músico e escritor brindou a plateia com histórias curiosas, como a que inspirou a criação de um dos maiores sucessos da banda, a música “Camila”, sobre uma estudante vítima da violência por parte do namorado.
Correia disse que a maior parte das composições da banda foram inspiradas em histórias reais e em livros de autores consagrados, a exemplo de John Fante e Jorge Luis Borges.
Ao final da conversa, após responderem as perguntas do público, a dupla deu uma palhinha musical que incluiu “Camila” e “Depois de nós”, de Carlos Maltz.
Comentários
Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.
Carregando..