O Povoado Mato da Onça, localizado às margens do Rio São Francisco, a 30 km da cidade de Pão de Açúcar vai receber nesta final de semana, o Museu Coleção Karandash Ponto de Cultura "Arte em Movimento”. Na bagagem da embarcação, esculturas de artistas da cultura popular alagoana, história e oficinas de arte-educação, que serão compartilhadas por crianças e adolescentes sertanejos.
Repassar conhecimento, despertar novos talentos e tornar a cultura um bem público, é a essência do Museu Coleção Karandash- contemplado como Ponto de Cultura com o projeto "Arte em Movimento” desde 2014. O Museu Coleção Karandash com o seu Barco denominado o Museu no Balanço das Águas existe há cinco anos e navega pelas cidades do Rio São Francisco democratizando as artes e divulgando os artistas populares do Estado.
Durante três dias serão realizadas oficinas com crianças e adolescentes. Uma delas, intitulada “de dentro pra fora", tem como objetivo que os próprios moradores interajam com o seu lugar de origem e descubram o que eles mais gostam. “Queremos que a comunidade tenha o sentimento de pertencimento com o seu lugar de moradia, para valorizar a cultura e o meio ambiente e aprender novos conhecimentos como a reciclagem”, disse a coordenadora do Ponto de Cultura, Maria Amélia Vieira.
Uma das missões do Ponto de Cultura, além de promover o acesso as linguagens artísticas – Pintura, desenho, escultura e fotografia, é resgatar a arte de bordar e de tecer, ou seja, artes de pesca como uma nova perspectiva de renda para as famílias dos povoados.
Durante as oficinas o Museu, no Balanço das Águas, será aberto à visitação pública para que as pessoas possam conhecer o acervo da cultura popular e os vídeos e fotografias dos projetos anteriores, além das propostas dos três próximos anos do Ponto de Cultura.
Uma das atividades previstas da oficina em Mato da Onça é o passeio em grupo pelo povoado, para vivenciar o lugar e ao mesmo tempo promover coleta de elementos plásticos (podem trazer de casa) e coisas que possam ser usadas como material de transformação artística.
“Nosso projeto é estimular que o grupo de jovens comente o que viu, sentiu e percebeu, a exemplo: do que eu gosto? Do que eu não gosto? Quem observou algum tipo de arte por onde passou, etc. É uma oficina viva para que a própria comunidade goste do seu lugar e aprenda que pode transformar lixo em arte”, conta a coordenadora.
Nas Oficinas de arte-educação, além de outras propostas e o uso de técnicas variadas e matérias diverso ,todos os participantes vão desenvolver um trabalho individual (colagem c/desenho) com o tema: “Eu e o meu lugar”, onde cada um vai poder dar sua opinião através da arte.