Um PT desalentado e esfacelado

30/09/2015 10:01 - Voney Malta
Por Voney Malta

Aqui em Alagoas são especuladas as saídas de nomes importantes do PT, casos do deputado estadual Ronaldo Medeiros e do ex-deputado Judson Cabral. Os motivos deles não são diferentes de tantos outros petistas que já deixaram ou começam a deixar a sigla. Em alguns casos, vergonha, em outros, oportunidade e noutro vergonha e oportunidade.

Dizem que o desalento é imenso na bancada federal do partido. A oposição é forte nas críticas, baixa o sarrafo e os petistas não reagem, silenciam. O desânimo só tem crescido com as notícias concretas de perdas de “companheiros”, caso do deputado pelo Rio de Janeiro, Alessando Molon, que foi para o partido de Marina Silva, Rede.

Saídas de deputados cearenses e paraibanos para outras siglas são aguardadas, assim como de vereadores e prefeitos. De fato, defender o PT não tem sido fácil. E isso pode significar, pelo menos no atual momento, uma futura derrota eleitoral, o fim de uma carreira.

O PT está à beira de um precipício. A imagem rasgada pela oposição e desgastada pelos meios de comunicação coloca sobre os seus ombros a responsabilidade por toda a corrupção que entrelaça a política, empresas e campanhas eleitorais.

Com um punhal perfurando o peito, apontado como partido corrupto, como podem Paulão, Judson e Ronaldo defenderem o partido? Melhor o silêncio e aguardar o tempo passar, pois ele sempre oferece uma saída, uma oportunidade de mudança.

E a única mudança que pode trazer alguma possibilidade de sobrevivência aos petistas é o governo Dilma dar certo. Ou seja, se ela conseguir superar a imensa tempestade de areia que atinge o país e tem causado a crise política e econômica.

Caso contrário, o PT vai receber um cartão vermelho.

Uma pena. A história precisa reservar um espaço importante para a política implantada pelo partido que beneficiou milhões de excluídos, não os adjetivos negativos que circulam como saborosa vingança na boca, no peito e nos veículos da oposição.

 

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