Ajuda do governo às usinas fica pra depois
Enquanto os governadores conversam com deputados e senadores dos seus estados em defesa da recriação da CPMF proposta pelo governo, o deputado federal Sérgio de Souza (PMDB-PR) saiu de uma reunião não muito satisfeito.
Presidente da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético, o parlamentar, em conversa com o ministro da Fazenda Joaquim Levy, ouviu que é impossível neste momento reajustar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributo cobrado sobre os combustíveis.
A estratégia dos usineiros e seus representantes políticos é tornar a gasolina mais cara do que o etanol naquele percentual de 70% de diferença entre os preços. Mas o ministro avalia que o ambiente não é favorável, certamente por saber que qualquer reajuste no setor contamina a inflação, os demais preços.
De fato, o ambiente econômico não é favorável. Além do problema dos preços, a Petrobras precisa imensamente que os preços dos seus produtos estejam competitivos internamente, especialmente por conta da queda dos preços no mercado externo.
Portanto, se é importante voltar a estimular o setor sucroenergético de um lado, por outro é preciso que as medidas fiscais apresentadas pelo governo Dilma tragam resultados. Inflação sob controle e reduzida minimizaria o impacto do reajuste da Cide sobre a inflação.
Ou seja, não deverá ser ainda este ano que os usineiros irão receber uma ajudinha do setor público.
De qualquer forma, quando surgir o cenário ideal nós consumidores é que iremos pagar essa conta
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