Impostos devem aumentar. E os prefeitos e governadores?

08/09/2015 10:13 - Voney Malta
Por Voney Malta

Dificuldades políticas e econômicas por todos os lados. É no governo federal, estados e municípios. A conta não fecha. Mas no que depender do governo Dilma que teve, inicialmente, uma reação negativa por parte do Congresso Nacional sobre o projeto de retorno da CPMF, a alternativa é elevar alíquotas que não precisam do apoio dos deputados e senadores.

Casos da Cide, sobre combustíveis, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o sobre Operações Financeiras (IOF). Todos esses dependem apenas de uma canetada do Executivo. No entanto, a questão em estudo é o valor desse aumento para que não alimente o dragão da inflação.

É verdade que o governo precisa de recursos para fechar as contas em 2016. O danado é que há imensa dificuldade na interlocução com a Câmara e o Senado. Embora prefeitos e governadores não tenham reclamado da volta da CPMF – também receberiam uma parte – não se discutiu, na verdade, que esse recurso viria da parte de cima daqueles que estão no alto da pirâmide, que são os mais ricos.

Assim como a possibilidade real de uma alíquota maior do Imposto de Renda Pessoa Física para os mais ricos. O problema todo está na dose e também na perda de confiança da sociedade no governo Dilma.

Enquanto isso prefeitos e governadores recém eleitos sentem os efeitos do desgaste que a atual situação provoca. A hora é de rigoroso enxugamento de despesas. Há relatos de prefeitos que vão desistir da renovação do seu mandato.

As dificuldades são pra todos.

Mas faltou aos prefeitos e governadores uma defesa política clara pela volta da CPMF. Seria dinheiro novo oriundo de quem tem mais e ganhou muito nos últimos anos de vaca gorda, casos dos bancos, por exemplo, e de especuladores.

Ao contrário, preferem reclamar do governo petista pela não liberação de recursos previstos para obras.

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