Os três carros de luxo do senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, continuam apreendidos na sede da superintendência da Polícia Federal em Brasília.
Uma Ferrari, um Porsche e uma Lamborghini.
Agora, o Supremo Tribunal Federal (STF) investiga a procedência e forma de pagamentos dos automóveis.
O pedido de extensão da quebra de sigilo bancário foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e autorizado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF.
Segundo as investigações, empresas ligadas a Collor realizaram depósitos de valores altos em espécie para efetuar o pagamento dos carros de luxo.
O Lamborghini teria custado R$ 3,2 milhões, dos quais R$ 1,2 milhão teria sido dado em espécie. Há parcelas em atraso, apontam as investigações.
Há suspeita de que houve lavagem de dinheiro. A compra dos veículos teria sido feita com o objetivo de escamotear dinheiro desviado da Petrobras, por meio de movimentações financeiras de empresas ligadas ao parlamentar..
O senador nega todas as acusações.
As que envolvem seus carros de luxo e todas as outras.
Collor responde a inquérito no STF, aberto em decorrência da Operação Lava Jato. Ele foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por corrupção ativa e lavagem de dinheiro, e tem até o dia 25 deste mês de setembro para apresentar sua defesa.
Entre os parlamentares alagoanos investigados na Lava Jato, Fernando Collor é o único, até agora, denunciado pelo MPF.
Seguem investigados o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), senador Benedito de Lira (PP-AL) e o deputado Artur Lira (PP-AL).
Ontem, o senador Renan Calheiros foi ouvido pela Polícia Federal.
Renan nega participação no esquema de corrupção da Petrobras.
Também ontem, a Polícia Federal indiciou o deputado Artur Lira e o seu pai, senador Biu de Lira, por corrupção passiva.
Ambos negam as acusações.
E na mesma terça-feira, 1, o ministro Teori Zavascki, do STF, determinou aos bancos que informem como foram feitos os pagamentos dos carros de luxo do senador Collor.
Ainda no STF, ontem, o ministro Gilmar Mendes, relator das contas de Dilma e do PT referentes à campanha presidencial de 2014, voltou a provocar o MPF.
Com apoio de mais três ministros, Gilmar pediu a investigação de eventuais práticas criminosas envolvendo a contratação da gráfica VTPB pela campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014.
Não se pode dizer que a Lava Jato não esteja andando.
Resta saber, até onde vai...