As eleições passarão

28/08/2015 14:57 - Omar Coêlho
Por redação

Eleição não é uma guerra de vida e morte. E numa disputa de classe, entre muito amigos, deveríamos manter um certo nível de urbanidade.

Nesta eleição da OAB/AL resolvi não concorrer a cargos, após algumas tratativas, uma vez que fiz opção de, se for possível, disputar as eleições de 2016 ou 2018, após minha incursão nas eleições de 2014, quando disputei a vaga do Senado Federal, concorrendo com o ex-presidente da República e Senador Fernando Collor e a ex-Senadora e atual Vereadora Heloísa Helena, além de outros três candidatos, obtendo quase 140 mil votos, dos quais 57 mil em Maceió e 80 mil no interior do estado, sendo votado em todos os municípios de Alagoas.

Quando me proponho a fazer alguma coisa, o faço por inteiro. Por isso, no período que fui presidente da Ordem, não aceitei deixar o mandato para concorrer a absolutamente nada, naquele período, apesar de ter recebido alguns convites. Nem quando fui presidente da APE/AL e ANAPE, convém frisar. Desde 1994, sempre fui sondado para disputar eleições política partidária, mas não me sentia preparado para tal.

Entretanto, não me furtarei a dar apoio ao Movimento comandado pelo advogado Fernando Falcão, #SouAdvogado/a, que reputo mais afinado com os anseios da maioria dos advogados e advogadas, sem, contudo, tornar-me inimigo de nenhum colega ou amigo que opte por outro grupo.

Não é segredo para ninguém do quanto rasteiro foi o último pleito, chegamos ao fundo do poço. A urbanidade necessária, e exigida, nos relacionamentos ficou à margem do mínimo esperado para uma categoria que compõe uma das entidades mais respeitáveis deste país, a nossa OAB. Alias, tem muita gente se perguntando o porquê dessa união. Mas a resposta é simples:- Ninguém esquece das injustiças que lhe são assacadas, mas o perdão deve ser exercido cotidianamente pelo cristão, sou católico e como tal tento me comportar e agir.  

É bem verdade que a inveja, vaidade, ausência de caráter, necessidade de poder, fazem alguns saírem do senso comum. E muitos ainda se utilizam de pessoas "destemperadas" para atacar pessoas e não às idéias. As discussões não podem sair do campo ideológico, apontando os erros e omissões, mas sem ataques pessoais. Assim deveria ser, mas não sei se será!

Pessoalmente, não guardo rancor de absolutamente ninguém, como qualquer pessoa normal me sinto triste com alguns comentários e injustiças, mas viver é sentir tudo e aproveitar o que lhe engrandece, pois somente os "pequenos" não são capazes de fazer a diferença, por mais que tentem.

Há também aqueles que preferem desqualificar o outro, já que não conseguem realizar nada e se incomodam com as ações dos que constroem sua vida realizando suas ações.

Nesta eleição, aproximadamente, três mil novos advogados vão eleger pela primeira vez seu presidente. Só tem de parâmetro a atual gestão e o contato com seus professores, hoje, seus colegas de profissão.

Deixo aqui meu conselho, em época de eleição, todo mundo é bonzinho e prestativo, realizador e atuante, busquem informações, averigúem as realidades e saibam que o mais importante não é olhar para o próprio umbigo, mas ter o prazer de ver o crescimento do todo e não só da parte.

Falo com a experiência de quem, desde 1990, introduzido na política associativa por Eraldo Bulhões, de saudosa memória, e pelo também amigo e líder Marcelo Teixeira, nas hostes oabeanas, já muito viu e viveu.

Por isso, posso afirmar o quanto é saudável ter a consciência do dever cumprido e obter o reconhecimento pelo trabalho coletivo. E sobre esse aspecto, obtive a contribuição de companheiros e amigos que estão espalhados nos três grupamentos políticos em disputa, até então.

Assim, que venham as eleições, com respeito aos eleitores e à sociedade alagoana, que costuma se envolver nos embates da OAB/AL, haja vista que a Ordem é dos Advogados, mas também é do Brasil.

Até a próxima!

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