Essa opinião é do historiador e professor da USP, Boris Fausto, em entrevista concedida ao Roda Viva, da Tv Cultura, nesta segunda-feira (24). Antes que alguém reclame, Boris Fausto admitiu ter votado no senador Aécio Neves nas últimas eleições, consequentemente, não é um nenhum pensador alinhado com os atuais partidos no poder.

Para ele, o grande problema do PSDB é que não houve uma renovação das lideranças partidárias. Ou seja, não foram encontrados substitutos a altura para o ex-governador Franco Montoro, Mário Covas e FHC.

De fato, concordo com Boris Fausto. Acho, ainda, que o discurso golpista de alguns caciques do PSDB reduziu um pouco o tamanho de gente como o ex-presidente Fernando Henrique. E muito mais o do senador Aécio Neves.

Aliás, sobre o mineiro, tem se apequenado bastante para um político que tomou imensa dimensão nacional pós-eleição presidencial ao defender o impeachment. Esse tipo de pensamento não cabe a quem a gente imagina que possa ter algum perfil de estadista.

O estadista traça sua história respeitando o resultado de uma eleição presidencial e, principalmente, a legalidade. Além do mais, critica firmemente, age com dureza enquanto oposição, mas deve apresentar propostas que ajudem o país a superar dificuldades. Tudo ao contrário do que faz o senador mineiro.

Portanto, o senador Aécio Neves não é, definitivamente um estadista. Lembra, na verdade, um inconformado com os resultados das urnas.

Parece que lhe tomaram um picolé.

Ainda bem que as instituições funcionam normalmente e que os empresários rechaçaram qualquer golpe, o que transformaria o Brasil em um País desacreditado, uma republiqueta qualquer.

Aécio perde, os democratas vencem.

E que venham mais eleições.