O golpe liquidado, o Pré-sal e Serra

11/08/2015 10:27 - Voney Malta
Por Voney Malta

Nos últimos dias, por conta da movimentação política de Dilma, da negativa de lideranças políticas do PSDB contrários ao golpe defendido por Aécio Neves e seus tenentes, além da declaração de João Roberto Marinho, um dos sócios da Globo, de que o sucessor da presidente Dilma Rousseff será quem vencer a disputa presidencial de 2018 e, por último, do senador Renan Calheiros ao sinalizar que o Brasil tem condições de retomar a governabilidade, ao lançar a Agenda Brasil, ficou mais do que claro que o golpismo foi isolado.

No entanto, desafios ainda imensos precisam ser superados para que o país possa retornar a normalidade e enfrentar as dificuldades na economia, especialmente. É o caso da Petrobras.

Nesta terça-feira (11), dia do estudante e do advogado, entidades ligadas à educação e trabalhadores do setor farão ato no Senado em defesa da democracia, da educação e contra projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que altera as regras de partilha do pré-sal.

O projeto do tucano derruba a participação mínima de 30% da Petrobras na exploração do pré-sal, o que acarretaria em uma perda imensa de recursos para o Estado. Exemplo: o campo de Libra, único até agora licitado, R$ 246 bilhões seria o valor da perda.

E o que é pior, caso o projeto de Serra seja aprovado a educação deixará de receber R$ 50 bilhões do Fundo Social. E tem mais: segundo a agência internacional de notícias Reuters, tendo como base um estudo feito pelo Instituto Nacional de Óleo e Gás da UERJ, há 90% de chances de o polígono do pré-sal conter óleo e gás não descobertos que dariam para suprir as necessidades do mundo por mais cinco anos.


Isso representa quatro vezes mais do que os 30 a 40 bilhões de barris já descobertos nas bacias de Santos e Campos. E o senador José Serra quer entregar o que pode trazer resultados significativos em dinheiro novo pra educação, geração de emprego e renda e desenvolvimento do Brasil.

O motivo desse posicionamento dele eu ainda não entendi. Mas, como quem financia as campanhas eleitorais são as grandes empresas, né, quem sabe? Ah, em 2018 tem eleição presidencial e o senador José Serra tem sido citado como um dos candidatos. Se não for pelo PSDB, pode ser por outra sigla, caso do PDT, onde essa possibilidade já foi levantada.

É assim que tudo funciona.

O petróleo tem que continuar sendo nosso, apesar de tudo.

Vida que segue.

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