É voz corrente que a verdadeira bola da vez, o verdadeiro objetivo da Operação Lava Jato é chegar ao ex-presidente Lula.

Para tanto começa surgir na imprensa à defesa da teoria do “domínio do fato” para incriminá-lo. E o que seria esse raciocínio? Simples.

Se José Dirceu fez o que vem sendo dito na Petrobras e na máquina pública como um todo, isso só foi possível porque alguém acima dele permitiu, deixou, autorizou. E acima dele só existia Lula.

Os investigadores estão cientes disso e seguem esse rumo em busca de evidências contra o ex-presidente. Os comandantes da Lava Jato já não mais falam do cartel das empreiteiras na Petrobras.

O tema agora é o suposto esquema idealizado, montado e dirigido por José Dirceu. Daí falta apenas o pulo seguro sobre Lula, o próximo alvo da Operação.

Assim, com provas ou sem provas, imagine só o tamanho do estrago feito contra Lula, único nome capaz de vencer o pleito de 2018.

Quanto a Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como havia prometido, voltou mesmo na oposição e, embora silencioso, articula o afastamento da presidente.

Para tanto articulou a aprovação em regime de urgência para quatro projetos de decreto legislativo sobre as contas de dos ex-presidentes Itamar Franco, Fernando Henrique e Lula.

Concluída essa votação, o que deve ocorrer esta semana, fica aberto o caminho para votar as contas de Dilma referentes ao ano passado que ainda serão analisadas pelo TCU. Caso rejeitadas pelo Tribunal fica aberto o espaço para um processo de impeachment

Dizem que nos sonhos de Cunha, a Câmara rejeitará as contas dela. Daí segue para o Senado onde ele articula com aliados para que não haja apreciação na Comissão e muito menos no plenário, e sim numa sessão do Congresso onde o governo tem apoio inferior.

E aí Eduardo Cunha deixaria tudo certinho para o desejado pedido de impeachment por crime de responsabilidade, tendo como base a rejeição das contas e as tais pedaladas fiscais.

Será golpe?

Vida que segue.