Além das 100 audiências de instrução previstas para ocorrer em Maceió durante a 2ª Semana da Justiça Pela Paz em Casa, serão realizados três júris populares envolvendo violência contra a mulher. As sessões ocorrerão no Fórum do Barro Duro.

     Na segunda-feira (3), a partir das 13h, haverá o julgamento do pedreiro Maurício Francisco de Oliveira. Ele é acusado de matar a facadas Claudinete Alexandre da Silva, em outubro de 1997. O crime ocorreu no interior da residência da vítima, localizada na favela Sururu de Capote, no Trapiche da Barra. O réu, que confessou o crime, será julgado por homicídio qualificado.

     Na terça-feira (4), também a partir das 13h, será a vez de Pedro Tenório dos Santos ser submetido a júri popular. O réu é acusado do crime de tentativa de homicídio praticado contra a irmã, em julho de 1993, no bairro Novo Mundo. Segundo o Ministério Público de Alagoas (MP/AL), Pedro Tenório tinha desavenças com o cunhado e teria efetuado o disparo em direção a ele. O tiro, no entanto, acabou atingindo a irmã do réu, que ficou ferida, mas sobreviveu.

     Os julgamentos ocorrerão no salão do 2º Tribunal do Júri e serão conduzidos pelo juiz John Silas da Silva, titular da 8ª Vara Criminal de Maceió.

     Na sexta-feira (7), a partir das 8h, haverá julgamento no salão do 3º Tribunal do Júri. O processo, no entanto, corre em segredo de justiça. A sessão será conduzida pelo magistrado Geraldo Cavalcante Amorim, titular da 9ª Vara Criminal.

     Força-tarefa

     A 2ª Semana da Justiça pela Paz em Casa tem início nesta segunda-feira (3) e segue até o próximo dia 7. A campanha, coordenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), busca impulsionar o enfrentamento à violência contra a mulher. Na Capital, estão previstas 100 audiências de instrução. Já em Arapiraca, devem ocorrer 40. Durante a semana, todas as comarcas do Estado deverão privilegiar processos envolvendo violência doméstica.

     A primeira edição da Semana da Justiça pela Paz em Casa ocorreu de 9 a 13 de março deste ano e mobilizou todo o Poder Judiciário. Em Alagoas, foram realizadas 782 audiências e proferidas 420 sentenças em processos em que mulheres resolveram denunciar seus agressores.