Marina, Dilma,TCU e corrupção

27/07/2015 10:39 - Voney Malta
Por Voney Malta

Ainda filiada ao PSB, a ex-candidata presidencial, Marina Silva, criticou e reclamou da postura da sociedade ao culpar, exclusivamente, a presidente Dilma pelos casos de corrupção no Brasil. “Quando a corrupção virar um problema nosso, criaremos instituições para coibi-la”, enquanto defendia que as pessoas assumam suas responsabilidades na política.

De fato, melhoramos bastante, mas precisamos ainda de muito para deixar de sermos meros espectadores da democracia e virarmos autores do processo democrático. Corrupção, definitivamente, não é um problema de uma pessoa, tampouco de um grupo ou de um partido. É um problema de todos nós.

E ele é tão intenso que, na maioria dos casos, agimos de forma corrupta, digamos assim. Das pequenas as grandes ações. É assim quando o motociclista usa a contra mão, quando o motorista joga o resto do cigarro na rua, quando o médico não atende satisfatoriamente o seu cliente, quando o servidor público trabalha menos do que o determinado pela lei, enfim, pode ser feita uma imensa lista de pequenas grandes coisas.

E quem quiser que atire a primeira pedra, a pedra das críticas, do julgamento e da condenação baseada em informações dos veículos de comunicação. É pouco. As provas são importantes, assim como as contestações da defesa e o julgamento conclusivo, final.

E enquanto não nos indignarmos com as pequenas e as grandes ações, como o desgraçado jeitinho, não conseguiremos influir na redução da corrupção, tanto no setor público como também no privado, não nos esqueçamos.

Agora mesmo, um ex-tesoureiro da Prefeitura de Campina Grande, na Paraíba, afirma ter entregado, em 2010, dinheiro em espécie desviado de uma obra ao então candidato ao Senado, Vital do Rêgo (PMDB-PB), que hoje é ministro do TCU.

Será verdade? Bom, Vital é um dos nove ministros que analisa as contas de 2014 de Dilma. Por isso é preciso muita calma, muita cautela com os vazamentos seletivos de delações, com o espetáculo divulgado pelos meios de comunicação.

E antes de tudo devemos olhar para nós mesmos e sabermos que nós fazemos a história e podemos mudá-la, ninguém mais.

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