Tem sido comentado no meio político em Brasília – e publicado pela Folha - que o ex-presidente Lula teria procurado o também ex Fernando Henrique Cardoso para uma conversa sobre a crise política. Ou seja, uma forma de entendimento para diminuir o fogareiro explosivo causado pela Operação Lava Jato. Lula nega que tenha dado tal passo. FHC diz estar pronto para tal conversa.

No entanto, se esse papo ainda não rolou, deveria ocorrer. Estão presos alguns dos maiores financiadores de campanhas eleitorais, donos de empresas que têm negócios fora do Brasil, geram milhares de empregos, receberam empréstimos de bancos oficiais e têm importantes e estratégicas obras para o País.

Caso contrário, o sistema político brasileiro vigente até agora pode ser implodido. Além de petistas citados na Operação, o nome do senador tucano José Serra foi citado no celular do dono da Odebrecht, Marcelo, que está preso, com a seguinte frase: "adiantar 15 p/JS". O também senador Aécio Neves foi delatado por Alberto Yousseff como suposto organizador de um mensalão em Furnas.

Dizem por aí, ainda, que Emílio Odebrecht, pai de Marcelo, teria procurado FHC, o que teria feito com que a ânsia dos tucanos pelo impeachment de Dilma ficasse diminuto. Motivo: a Braskem foi criada no governo FHC quando o controle da empresa foi entregue a Odebrecht.