Marcos Bernardes de Mello

19/07/2015 10:00 - Omar Coêlho
Por redação

Hoje, dia 19 de julho, meu pai completa 80 anos de vida, nos propiciando ainda mais alegria. Nascido em Maceió, filho de José Xisto Gomes de Melo e Yolanda Bernardes de Melo, o mais velho de 7 irmãos, casou-se com Onira Coêlho de Mello, há 55 anos, e teve 4 filhos, 14 netos e uma bisneta, por enquanto.

Dizem que um homem para marcar sua passagem e ser feliz precisa ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Deste adágio, posso entender por que meu pai é um homem bem sucedido e nos transmite tanta felicidade. Certamente, sou suspeito para falar, pois se existe um filho apaixonado e fanático pelo pai, este sou eu. Mas, este sentimento não é exclusivo, encontra-se disseminado por toda família.

Meu pai soube cultivar, juntamente com minha mãe, um amor sadio entre nós, que foi se espalhando pelos parentes, amigos e conhecidos, propagando o respeito, a amizade, a solidariedade, o amor e a compreensão de que vivemos para nos ajudar uns aos outros.

Não há perfeição neste mundo, mas quando somos dotados de bons sentimentos, a vida nos faz parecer mais leve, apesar das intempéries. Mas, para cada um desses momentos difíceis, meu pai nos ensinou ter consciência de que a fé em Deus nos faz mais fortes.

Nos seus 80 anos, além de destacar esse homem família, filho, irmão, marido, pai, sogro, amigo e colega presente, atencioso, amoroso, leal, e tantos quantos possamos adjetivá-lo com palavras carinhosas, quero ressaltar o servidor público competente e dedicado, que doou mais de 60 anos de sua vida ao serviço público, desde o cargo de procurador do município de Maceió, secretário de Governo, consultor-geral do Estado, procurador-geral do Estado, imortal da Academia Alagoana de Letras e do Instituto Histórico de Alagoas, presidente da APE/AL, ANAPE e da OAB/AL e professor universitário, talvez sua maior paixão, pois, apesar de ter saído na compulsória, aos 70 anos, continua ensinando, há 10 anos, como professor voluntário no curso de graduação de Direito na UFAL, além das disciplinas do mestrado, doutorado e das inúmeras palestras que profere pelos Brasil, gratuitamente, por todo país.

É um cientista do Direito. O que me deixa  sempre imaginado como meu pai conseguiu adquirir tanto conhecimento, sem viver trancado, estudando dentro de seu gabinete e envolto por seus livros, pois sempre foi e é um pai presente, assistente de novelas e filmes, excepcional tomador de cervejas, uísques, vinhos, licores, conhaques e champanhes (imagino minha mãe dizendo:- meu filho, vão pensar que seu pai é um alcoólatra). Sem dúvida, a genialidade o adotou.

Sem medo de errar, é o maior conhecedor da doutrina de Pontes de Miranda no mundo, não apenas o decodificando e tornando seus conceitos palatáveis (em sua Teoria do Fato Jurídico; Plano da Existência; Plano da Validade; e Plano da Eficácia, 1ª Parte), uma vez que ler Pontes não é tarefa fácil, mas o tem aprimorado e criado novas categorias jurídicas, ao ponto de já ter ouvido, por diversas vezes, alguns professores ou cultores do direito dizerem:-“ o professor Marcos Mello é um “Ponteano”, porque aprendeu lendo os livros do Pontes, mas me considero uma “Melloano”, pois aprendi através dos livros do professor Marcos Bernardes de Mello”. Esse é meu pai!

Parabéns! E que Deus nos continue abençoando com sua vida, imprescindível para cada um de nós que o conhecemos e desfrutamos do seu amor!

 

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