Dantas e Olavo, aliados divergentes

02/07/2015 11:24 - Voney Malta
Por Voney Malta

Principal responsável por ter bancado a eleição do companheiro do PMDB, Luiz Dantas, como presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Olavo Calheiros, tio do governador Renan, tem sido duro nas críticas e divergente em muitas decisões no Poder.

Para quem olha apenas acima da superfície das águas agora agitadas, fica sem entender. Mas em política nada é por acaso e os agentes políticos sabem com clareza, ou, no mínimo, suspeitam com certeza do enredo.

Não há como nessa dura atividade inexistir névoa e pano de fundo para ações que chegam ao mundo externo através dos meios de comunicação. Mas essa realidade que chega até o leitor difere da verdade na relação entre os atores na movimentação interna que mantêm.

Lá atrás Olavo Calheiros discordou da posição da Mesa Diretora de cumprir decisão judicial para que a regulamentação da 17ª Vara Criminal não fosse feita através de votação secreta. No discurso contrário aliou-se ao deputado Antônio Albuquerque contra Dantas e a Mesa.

Agora tem sido ainda mais duro na reforma administrativa ao batizá-la de “trem da alegria”. Nessa reforma e nesses tempos modernos de novas tecnologias, cargos de chefia de datilografia e garagem, entre outros, estão sendo extintos.

E sendo criados, por exemplo, os de controle interno, comunicação e informática. No total, pouco mais de 100 cargos comissionados estão sendo extintos e criados nessa reforma.

E o que haveria acima da superfície das águas sem névoa? Bom, descerradas as cortinas do palco teatral fala-se que por trás disso tudo o tio do governador discorda da auditoria iniciada pela fundação Getúlio Vargas na folha de pessoal.

Especialmente no levantamento que está sendo feito na folha dos servidores inativos. Por qual motivo ele queria que a auditoria fosse limitada apenas aos servidores ativos, tem sido a interrogação, o ponto questionado internamente.

Enquanto isso, o experiente e capaz deputado Olavo Calheiros, que não ocupa nenhum cargo na Mesa Diretora, tem sido chamado nos corredores de “Corregedor”. Porque manda e tem força.

 

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