O senador Aécio Neves e os companheiros de partido Aloysio Nunes (SP), Cassio Cunha Lima (PB), além dos senadores José Agripino (DEM-RN),   Ronaldo Caiado (DEM-GO), Ricardo Ferraço, José Medeiros (PPS-MT) e Sérgio Petecão (PSD-AC), tem sido motivo de piada nas redes sociais. Dizem até que é o mico do século. Acho exagero. Mas vivemos num país democrático, por isso podemos expressar o que pensamos.

Pois bem, esses senadores resolveram se intrometer em assuntos internos da Venezuela ao desembarcarem em Caracas com o objetivo de visitar o líder oposicionista Leopoldo Lopez, que está preso acusado de tentativa de golpe para derrubar o presidente eleito pelo voto popular, Nicólas Maduro.

Os senadores não conseguiram cumprir a agenda e retornaram ao Brasil no mesmo dia. Caso realmente quisessem, e não simplesmente criar um factóide político, deveriam ter ficado por lá insistindo e tentando outros caminhos para visitar o preso. Mas esse não era o objetivo. Pra quem não sabe, fique sabendo que a Venezuela não vive uma ditadura. Há eleições livres, manifestações contra e a favor do governo, jornais que criticam o governo, enfim.

Agora, Aécio e os sete patetas não são exatamente exemplos de pessoas com histórico de ações em defesa da democracia e da liberdade. Agripino e sua antiga Arena apoiavam a ditadura no Brasil. Já Caiado com a sua reacionária União Democrático Ruralista, é sem comentários e, convenhamos, não dá pra defender nem levar a sério essa turma.

Agora, vamos tentar pensar o inverso. Imagine desembarcar no Brasil parlamentares de outro país para se intrometerem em nossas questões internas, o que acharíamos? Imagine, então, se políticos brasileiros resolvessem ir aos Estados Unidos, Rússia, Inglaterra e Israel para saber as condições de prisão de suspeitos de terrorismo, etc, pode? Claro que não. Essas questões são tratadas pelos governos, pelas embaixadas, respeitando a soberania da nação.

Penso que o senador Aécio Neves ainda não desceu do palanque. Acho que precisa de tratamento psicológico, traumatizado que está, ainda, pela derrota. Ou então é criancice mesmo, pois sonhou em ser presidente e lhe tomaram o pirulito, daí ficou birrento, raivoso, briguento, chorão, reclamão.

Enquanto isso seus adversários, dentro do PSDB em 2018,vêm mantendo a linha, o equilíbrio, a maturidade nas relações políticas e um imenso olhar sobre todas as tendências do eleitorado brasileiro. Estes são o governador Alckmin e o senador Serra.

Alguém, por favor, pode dar um pirulito de café com leite pro Aécio, UAI!