Os presidenciáveis: Lula, Collor, Serra, Aécio, Alckmin Paes e Luciana

16/06/2015 11:52 - Voney Malta
Por Voney Malta

Cada movimento das maiores lideranças dos principais partidos da política brasileira tem como endereço certo o Palácio do Planalto na eleição presidencial de 2018. Até mesmo a crise contínua e fomentada na Câmara dos Deputados que incrimina apenas o PT no caso de corrupção na Petrobras, faz parte do jogo de desgaste.

Assim como as ações do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nas farpas lançadas contra os petistas e no rol de derrotas que impõe ao governo Dilma nas votações, além de apresentar uma pauta de votações francamente conservadora que vão de encontro ao que defende o PT.

Cunha defende que o PMDB tenha candidatura própria e prega o fim da aliança com o PT na eleição presidencial, mas quer que o seu partido permaneça nos cargos da máquina governamental em nome da governabilidade. Ele mesmo pode ser o candidato, embora já tenha citado o nome do seu aliado como possível candidato, Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro.

No PSDB é onde a disputa está mais acirrada. Os senadores José Serra e Aécio Neves, além do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, trabalham situações para serem os indicados. Serra apresenta uma série de projetos polêmicos no Senado, como o que altera as regras de exploração do pré-sal, diminuindo a participação da estatal – pra muita gente um golpe na empresa.

Aécio, que preside a sigla, segue a cartilha da crítica violenta, de cobranças duras, constantes, como se ainda permanecesse em cima do palanque da última eleição presidencial. Age certo ao manter o discurso contra o petismo porque agrada a uma boa parcela que antipatiza com a sigla.

Mais pragmático e de bastidor, o governador Alckmin critica os petistas, mas de forma suave, defendendo, inclusive, posições comuns, como no caso da maioridade penal. Se for candidato a presidente terá uma boa parcela dos antipetistas, e caso se mantenha na defesa de temas não conservadores também vai agradar o eleitor mais à esquerda.

Dois ex-presidentes também estão no jogo e, absolutamente, não podem ser descartados. Lula e Collor. O primeiro depende da recuperação da imagem do governo e da economia. é muito bem avalaido, apesar de ser alvo da grande imprensa.

O segundo, embora da base aliada, votou contra o ajuste fiscal proposto pelo governo e, em seguida, dirigiu-se ao povo, aos trabalhadores, para justificar o seu posicionamento. Além disso, o caso de suspeita de corrupção no seu governo foi julgado pelo STF e ele foi inocentado.

Por último, tudo indica que o PSOL, de Luciana Genro, deverá ter um crescimento respeitável em 2018 entre o eleitorado de esquerda, progressista, especialmente se não ocorrer uma melhora na economia e na imagem do PT e do governo Dilma.

Vale lembrar que o PSOL e o PSDB são as duas siglas que mais registraram aumento no número de novos filiados nos 100 primeiros dias deste ano – 11mil e 15, respectivamente.

Já o PT foi quem mais perdeu, 6,2 mil desfiliações, apesar de continuar sendo o segundo com maior numero de filiados, 1,6 milhão, atrás apenas do PMDB, que tem 2,3 milhões.

 

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