Basta um pouquinho de visão para perceber que boa parte do procedimento policial e judicial referente as investigações sobre corrupção da Petrobras têm direcionamento e endereço certos: O PT e, especialmente, o ex-presidente Lula.

Desde o início do processo de investigação tem havido revelações seletivas de informações, principalmente no período eleitoral. Isso está mais do que claro.

No plano político, lá no Congresso, o aliado PMDB deixa os petistas sangrarem nas convocações para depoimentos, ao mesmo tempo em que impedem, junto com os tucanos, que sejam chamadas pessoas ligadas ao partido do presidente Eduardo Cunha, também citado como suspeito de envolvimento no esquema.

No estratégico pacote de criminalização do PT, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, foi convocado para depor na CPI da Petrobras. Ele comentou ao O Globo que está tranqüilo, faz parte da luta política e que a convocação é uma tentativa de criminalizar o PT.

E uma coisa corre junto com a outra, Câmara e PF. O delegado federal Igor Romário deve abrir investigação para apurar doações da Construtora Camargo Correa ao Instituto Lula. Foram mais R$ 3 milhões que patrocinaram palestras de Lula no exterior.

Na Lava Jato, a construtora é investigada por pagamento de propinas por contratos públicos. Lula e o seu instituto serão investigados.

Tudo bem. Mas vale lembrar que a Camargo Corrêa é uma das 12 empresas brasileiras e estrangeiras que doaram R$ 7 milhões ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para criação do seu instituto.

O fato é que Lula é o grande nome do PT para 2018 e precisa ser abatido. Aliados do PMDB e adversários da oposição fazem esse jogo para conquistar e comandar o país alcançando à Presidência.

Para tanto é preciso desconstruir o PT e o seu principal nome.

Esse é o jogo jogado. E não adianta lamentos em política, e sim ação e reação.