Nesta quinta-feira (11), durante o 5º Congresso Nacional do PT, em Salvador, alguns dos temas em debate serão a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação (CPMF) e taxação sobre grandes fortunas.

São temas que, certamente, vão causar ebulição no Congresso Nacional, mas que são ansiosamente esperados pelos governadores e prefeitos, especialmente quanto a CPMF. E é entre os chefes dos executivos que a balança pode pender para o governo federal.

É que logo após as eleições do ano passado, antes de tomarem posse, alguns governadores, incluindo o alagoano Renan Filho (PMDB), já defendiam o retorno do imposto que, no passado financiava a saúde.

Com o caixa vazio e precisando de recursos novos, é tudo o que querem. E para defenderem com unhas e dentes, certamente os governadores vão pra cima dos parlamentares para que aprovem. O interesse político, econômico e a sobrevivência dos gestores falarão mais alto, certamente.

O governo Dilma pode fazer um gol de placa, caso efetivamente leve adiante tal ideia. E precisará satisfazer as necessidades financeiras dos estados e municípios dando-lhes maior participação na divisão do bolo representado pela CPMF e pelo imposto sobre grandes fortunas.

No entanto, é preciso que essa conta seja paga pelo andar de cima, não da classe média pra baixo, porque corre o risco de perder ainda mais apoio popular.

O governo do PT luta para reconquistar o apoio político e popular. Nesta terça-feira (9) Dilma anuncia o novo pacote de concessões de serviços públicos de logística à iniciativa privada.

O objetivo é emplacar uma agenda positiva após tanto desgaste e, em breve, será lançado o Plano de Apoio às Exportações e o Plano Safra da Agricultura Familiar. O ambiente econômico depende bastante de fatos positivos, de esperanças e perspectivas.

Tudo aquilo que o ex-presidente Lula vem orientando: o governo precisa superar temas negativos, como ajuste fiscal, e demonstrar que o governo está trabalhando para melhorar a vida do brasileiro.

O tempero disponibilizado precisa ser exato.