Ao alegar a carência de materiais e profissionais, servidores da Unidade de Saúde da Família (USF) instalada no bairro do Reginaldo realizaram uma caminhada em protesto às más condições de infraestrutura – física e material – da unidade de saúde, que funciona em um imóvel alugado. Devido ao ato, que reuniu dezenas de pessoas, o atendimento no local foi suspenso.

Para o presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde, Alessandro Fernandes, apesar do ato está concentrado na unidade do Reginaldo, o problema é comum às demais unidades de Maceió. “A saúde pública está um caos e afeta diretamente a população, que por não entender a precariedade que passa o profissional para exercer o seu trabalho, acaba atribuindo a eles a culpa e ameaçando a sua integridade física”, disse Fernandes.

Responsável por atender a uma demanda de cerca de 100 a 300 pacientes por dia, os servidores da USF- Reginaldo explicaram que especialidades médicas, como a sala de citologia, não funciona por problema no ar condicionado, e outros por falta de material e de profissional.

Moradora do bairro e usuária do posto, Maria Aparecida disse que busca há meses atendimento, mas não consegue, inclusive porque a psicóloga que a atendia, não trabalha mais no local. “Estou há seis meses esperando atendimento, já trouxe um monte de papel, fiquei aqui, mas não consegui. Agora estou precisando, mas como vou fazer? Sem falar que preciso disso pra minha saúde e pra dar entrada na minha aposentadoria. Tomo remédio controlado e preciso das consultas”, lamentou, acrescentando que a filha gestante não é bem assistida no pré-natal.

Devido à mobilização dos servidores, o atendimento na unidade está suspenso e deve permanecer durante todo o dia de hoje.

A Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde divulgou uma nota de esclarecimento sobre o caso. Confira na íntegra:

Nota à Imprensa

A Coordenação de Distritos Sanitários da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece que a manifestação realizada na unidade de saúde Reginaldo é coordenada pelo movimento sindical dos servidores da SMS.  Uma comissão de manifestantes pode ser recebida pela secretária municipal de saúde, Sylvana Medeiros, que já informou a disponibilidade para a manhã desta segunda-feira.

A SMS tem conhecimento das reivindicações e desde o mês de maio toma medidas com o objetivo de solucionar os problemas. Pequenos reparos na infra-estrutura do local foram feitos e a gestão administrativa e o Conselho Gestor foram informados que podem procurar um novo imóvel, com melhores condições de funcionamento.  Tão logo o imóvel seja localizado e atenda às necessidades legais, a mudança pode ser realizada. Atualmente a unidade funciona em um imóvel alugado pela SMS.