Prefeitura é obrigada a oferecer transporte de qualidade

26/05/2015 17:20 - Justiça
Por Redação*

Apesar do município de Igaci haver entrado com agravo de instrumento alegando que o Estado não teria realizado perícia nos veículos que realizam o transporte escolar, a desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento, do Tribunal da Justiça de Alagoas, manteve a decisão dada pela Juíza de Direito Marina Gurgel da Costa, em abril deste ano, que obriga o município a oferecer transporte escolar adequado aos estudantes das zonas rural e urbana.

Informações da assessoria dão conta que o agravo pedia a suspensão da primeira decisão que obrigava o Igaci a oferecer transporte adequado aos estudantes dentro de 10 dias e fixava uma multa diária no valor de R$ 200 direcionada à Secretaria de Educação do município.

Em seu pedido, a Prefeitura sustentou ainda que a decisão configura violação ao principio de violação dos poderes e prejudicará outras áreas, devido à realocação de verbas. No entanto, a desembargadora indeferiu o pedido porque a Prefeitura não teria apresentado comprovações a respeito da falta de recursos. Sobre o fato dos ônibus terem sido comprados, mas não poderem ser utilizados, ela afirmou que questões burocráticas não podem ser utilizadas com obstáculos para a concretização de direitos constitucionais.

A assessoria informou que para o defensor público Fábio Ricardo Lima, autor da Ação Civil Pública, a petição inicial detalhada e acrescida de provas foi um fator importante para garantir a decisão favorável.

Transporte escolar

Igaci é uma das seis cidades ajuizadas em ações civis públicas pelo Defensor Fabio Ricardo após constatação da má qualidade do transporte escolar, nas zonas rurais e urbanas das redes municipal e estadual de ensino. As outras cidades são Major Isidoro, Batalha, Palmeira dos Índios, Cacimbinhas e Quebrangulo.

De acordo com o defensor Fábio Ricardo, as Prefeituras de Major Isidoro e Batalha, cujas decisões de 1º grau foram favoráveis a Defensoria, afirmam que estão cumprindo a decisão judicial e providenciaram melhoria no transporte. Palmeira dos Índios propôs um acordo e se predispôs a regularizar a situação no prazo de 90 dias.  Já as ACPs das cidades de Cacimbimhas e Quebrangulo ainda aguardam decisão de primeiro grau.

O defensor informa que a ação não foi finalizada, mas assevera que há boas chances de garantir melhoraria do transporte escolar em todas as cidades. “Por enquanto, nenhuma parecer judicial é definitivo, mas até o momento temos tido decisões positivas e acreditamos que estamos garantindo precedentes para assegurar o transporte de qualidade para os estudantes da rede pública alagoana”, conclui.

*Com assessoria

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