“O Hospital Geral do Estado (HGE) está numa situação extrema e isso pode levar a óbitos”, assim foi como o presidente do Conselho Regional de Medicina em Alagoas (CRM), Fernando Pedrosa definiu a realidade atual da única unidade de urgência e emergência do Estado.
Nesta semana o órgão recebeu inúmeras denúncias de médicos e enfermeiros onde os profissionais revelam que estão trabalhando sem as mínimas condições. “Faltam luvas, esparadrapos, gase, anestésico, insulina enfim materiais essenciais e básicos para o funcionamento de uma unidade de saúde”, destacou Pedrosa.
Segundo o presidente do Cremal, a secretária de de Saúde, Rozangela Wyszomirska afirmou que essa situação de falta de abastecimento se dá por conta dos processos de pagamento dos fornecedores e não há prazos para a chegada do material.
Diante dessa explanação, Pedrosa foi enfático em dizer que “o governador precisa decretar calamidade pública no HGE para ver se dessa forma as compras podem ser agilizadas. Não importa se a dívida é do outro governo. Isso precisa ser pago”.
Outra realizada complicada registrada no HGE é a superlotação. O presidente do CRM disse que num local onde deveria haver 15 leitos estão sendo acomodados 39. “Essa situação impossibilita os procedimentos adequados e caso algum paciente tenha uma parada cardíaca, a falta de espaço para trabalho dos profissionais pode chegar a impossibilitar o procedimento de ressuscitação”, disse o médico.
Ainda na coletiva, o presidente do Sindicato dos Médicos, Wellington Galvão disse que “o HGE representa um risco eminente de morte e que o governador precisa intervir urgentemente”.
Todas as denúncias recebidas no CRM serão entregues ao Ministério Público de Alagoas (MPE) e a categoria vai tentar agendar um encontro com o governador do Estado.