Com extrema importância na política brasileira no momento, o PMDB comanda a Câmara Dos Deputados – Eduardo Cunha, o Senado Federal – Renan Calheiros, e ainda tem o vice-presidente da República, Michel Temer, como o comandante da relação do governo com os partidos. Ou seja, os favores em troca de votos no plenário passam por ele.

Boa parte dos peemedebistas defende que em 2018 o partido deve disputar à Presidência. O nome mais citado é o do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. O governador do Rio, Pezão, voltou a lançá-lo candidato ao defender maior protagonismo do PMDB em 2018.

E tudo leva a crer que Paes terá um discurso baseado nas Olimpíadas no Rio de janeiro, em 2016. Um evento imensamente maior do que uma Copa do Mundo.

Pezão explica que Eduardo Paes deve ser candidato “Porque ele tem que ser presidente, tem que ter um cara igual a ele, vai sair da Olimpíada bem, com força, vai poder andar o Brasil todo, explicar o que fez aqui, Eduardo fez uma revolução nessa cidade, nessa gestão”. Apenas isso.

Com a Lava Jato as eleições futuras tornam-se imprevisíveis. Tudo indica que o PMDB sairá bastante chamuscado com o suposto envolvimento de Renan e Cunha, assim como os membros dos demais partidos citados.

Some-se a isso o fato de a classe política enfrentar um enorme descrédito. Ora, se uma pesquisa recente, na Inglaterra, aponta que 65% dos eleitores acreditam que os políticos mentem o tempo todo, imagino caro leitor, que o resultado no Brasil seria imensamente maior.

Portanto, o espaço no teatro das siglas está aberto para o surgimento de salvadores da pátria, do antipolítico. No entanto, tudo ainda irá depender do que será feito na reforma política que vem sendo discutida no Congresso.

Ou seja, financiamento público, privado ou misto de campanha, voto distrital em lista aberta ou fechada, e uma série de outras questões que precisaremos aguardar.