Se Fachin derrapar, grupo de Renan derruba

12/05/2015 06:06 - Geral
Por redação
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Criado um ambiente hostil a Luiz Edson Fachin, o grupo de Renan Calheiros (PMDB-AL) alerta que não terá como trabalhar por sua aprovação ao Supremo caso ele cometa algum deslize na sabatina desta terça-feira no Senado.

Peemedebistas argumentam que, se o indicado por Dilma Rousseff derrapar nas explicações sobre suas posições em relação à ropriedade privada, por exemplo, não farão esforço para impedir que seu nome seja rejeitado na votação secreta em plenário, informa Vera Magalhães, hoje na Folha de S.Paulo.

Interlocutores do governo ponderam que não há fatos relevantes que possam levar à rejeição do advogado, mas admitem que um desempenho claudicante pode prejudicar o candidato.

Um aliado de Dilma provoca: "Você acha que, se o Senado rejeitá-lo, ela vai consultar Renan antes de indicar o seguinte?

Nada disso. Nem que haja uma sequência infinita de rejeições". 

Dilma pede socorro

Temendo sofrer uma nova derrota no Congresso, a presidente Dilma chamou, ontem(11), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para uma conversa durante o voo de Brasília até Santa Catarina, onde foram prestar as últimas homenagens ao ex-senador Luiz Henrique(PMDB)

A 10 mil pés, no jatinho presidencial, Dilma pediu socorro a Renan para aprovar o nome do jurista Luiz Edson Fachin na sabatina de hoje no Senado.

Fachin foi escolhido pela presidente para ocupar a vaga do ex-ministro Joaquim Barbosa no STF. Mas, por ter feito declarações favoráveis a Dilma na campanha, com um vídeo nas redes sociais, Fachin passou a ser visto com olho enviesado pela oposição.

Olho no olho

Segundo o Blog do Bernardino, apurou, a presidente Dilma queria falar pessoalmente com Renan sobre Fachin e garantir que o presidente do Senado não só não agirá contra a indicação como também ajudará na aprovação do nome do jurista. Outros senadores também foram convidados para fazer a viagem.

Fachin será submetido a sabatina nesta terça-feira (12) pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Caso seu nome seja aprovado pelo grupo, assume a vaga deixada pelo ex-ministro Joaquim Barbosa, que se aposentou no ano passado.

O nome do professor de direito tem encontrado resistências no Congresso e a presidente já manifestou a ministros sua preocupação de ver barrada a indicação.

Na semana passada, por exemplo, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-AL) divulgou parecer encomendado à consultoria legislativa do Senado que dizia que a atuação de Fachin como advogado e procurador no Paraná, entre 1990 e 2006, foi ilegal. Calheiros, por sua vez, emitiu nota para dizer que o laudo da consultoria não representava a posição do Senado.

Dilma chegou a pedir que ministros reagissem aos ataques nas redes sociais, mas foi alertada que uma reação “oficial” não seria de bom tom.

Fachin então se mobilizou para tentar diminuir a rejeição a seu nome. Em vídeos postados na internet, negou ter posições contrárias à família e se defendeu da acusação de que seria ilegal ter atuado como procurador e advogado durante o mesmo período no Paraná.

Bom senso

 Mais cedo, em entrevista no Palácio do Planalto, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, disse que o governo confia “no bom senso” do Senado para aprovar a indicação de Fachin ao STF.

“Estamos falando de um jurista respeitado e reconhecido. Agora cabe ao Senado fazer a sabatina e fazer a apreciação do nome. O governo tem confiança no Senado, no bom senso do Senado e tem confiança no currículo de um jurista que é um dos maiores hoje no nosso país”, afirmou.

Em tempo:Dia 12 de maio comemora-se mundialmente o Dia do Enfermeiro, o blog do Bernardino sauda a todos.

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