Que me perdoem os entendidos da Assembleia Legislativa de Alagoas, mas a Mesa Diretora recorrer contra a decisão da Justiça em manter aberta a votação sobre a 17ª Vara Criminal de Maceió, sob a justificativa de que não admite interferência do Poder Judiciário e do Ministério Público na Casa, é conversa esfarrapada de amarelo.

Ora, se o próprio presidente do Legislativo, deputado Luiz Dantas, disse ao blog de Edivaldo Júnior que, “por princípio”, é contra o voto fechado, não tem porque deixar o “princípio” de lado por conta de uma querela que em nada fortalece a Casa, a democracia e muito menos a transparência política em Alagoas.

É bem verdade que alguns parlamentares querem ver a 17ª Vara à distância, mas isso não é segredo para ninguém.

Tem sido pública e notória a opinião deles.

Então, o que os levam a temer a votação aberta?

Não se pode questionar a força, a credibilidade e o resultado do trabalho da 17ª Vara no combate às organizações criminosas em Alagoas, envolvendo desde o tráfico de drogas e pistolagem, até a corrupção política.

A Operação Taturana que o diga.

Portanto, das duas uma: ou a ALE assume que é contra, ou a favor da 17ª Vara, com todas suas prerrogativas. Não existe outro discurso e nem cortina de fumaça.

Muito menos votação fechada.

É o que eu penso.