No dia da Mentira: Dilma convoca FHC, Lula, Temer, Renan e Cunha
A presidente Dilma finalmente se decidiu: convocou reunião com o ex-presidente Lula, o vice-presidente Michel Temer, o ex-presidente Fernando Henrique, mais os presidentes do Senado, Renan Calheiros e da Câmara, Eduardo Cunha para buscar soluções de consenso que tirem o país da crise.
Deve-se discutir o ajuste fiscal - o que é essencial, o que pode ser negociado, o que pode ser substituído - e acertar uma distensão no clima político. Nada de união nacional, mas de civilidade na política.
Não é por ser governista que o cidadão será acusado de ladrão, nem por ser oposicionista que o denunciarão como golpista. Ninguém tentará pacificar diretamente as redes sociais, mas os grupos partidários organizados que preparam a argumentação usada pela guerrilha virtual e manipulam os robôs devem ser desativados.
Foi uma decisão difícil para todos - para Dilma, instada a afastar do centro das decisões ministros de trato áspero, como Mercadante e Pepe Vargas; para Lula, que precisará desistir, ao menos agora, da censura à imprensa; para Fernando Henrique, a quem caberá a complexa conversa com os manifestantes para convencê-los a sair das ruas.
É duro para todos, até para o PMDB, que estava adorando mandar no país. Mas as advertências de pessoas como Michel Temer e o advogado Sigmaringa Seixas, sobre o cansaço da população com discursos moralistas enquanto os políticos continuam gastando à vontade, foram ouvidas.
Hoje é 1º de Abril, Dia da Mentira. E, cá entre nós, alguém poderia acreditar numa história dessas, que envolveria tanto desprendimento de nossos líderes?
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