CGU aponta rombo de quase 2 milhões de ex-prefeito de AL

26/03/2015 16:09 - Edmilson Teixeira
Por Edmílson Teixeira
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Uma fonte que teve acesso a documentação, nos revela que o ex-prefeito de Girau do Ponciano, David Ramos Barros tem uma árdua tarefa a cumprir junto com a Justiça Federal. Está sendo acusado de praticar, um verdadeiro desmonte na verba do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), que entrou nos cofres do município entre os anos de 2007 e 2008 em seu período de governo. O rombo  que margeia a casa de um milhão e 800 mil reais, foi detectado pela Corregedoria Geral da União – CGU, durante a sua 26ª Etapa do Programa de Fiscalização, ocorrida em maio de 2008.

“Para muitos que pesavam que  esse trabalho de fiscalização da CGU fosse ficar abafado, isso porque já faz cinco anos, e nada até agora estourou sobre o caso, aqui vem uma informação fresquinha. É que o Ministério Público Federal em Alagoas de posse de todos os documentos  apurados pela CGU, ajuizou em Arapiraca, uma ação Civil de Improbidade Administrativa  no dia 15 de dezembro último, contra David Barros, onde cobra também, indisponibilidade de bens do requerido até o limite do dano ao erário” disse uma fonte que pediu para preservar seu nome.     

O crime foi praticado na compra de merenda escolar, licitações de compras e serviços, despesas com combustível, peças e manutenção de veículos, reforma e ampliação de escolas, contrato e pagamento sem nota fiscal; entre tantos outros, que no bojo geral chaga a 236 casos de irregularidades. Para que se tenha uma ideia da falcatrua, foi investido no serviço de transporte (carro, combustível e manutenção de peças e mecânica)  o valor de R$: 650.380.55, quando na verdade a própria Prefeitura teria então informado, aos fiscais da CGU, que o setor da Educação dispunha apenas de um único veículo exclusivo, que era um Volare lotação, marca Marcopolo. Os demais veículos que serviam  ao setor  educacional eram todos locados; razão da CGU entender que seus proprietários é quem teriam o direito e obrigação de assegurar com todas as despesas.

Fato Nacional

Num resumo das 60 prefeituras fiscalizadas no Brasil durante a 26ª Etapa do Programa de Fiscalização, no dia 12 de dezembro de 2008, a CGU publicou em seu site: Em Girau do Ponciano/AL, das quatro escolas públicas visitadas pelos auditores da CGU, em maio deste ano, três não estavam fornecendo merenda aos alunos, sendo que uma delas, segundo o próprio diretor da escola, tinha encerrado as aulas mais cedo, justamente devido à falta dos alimentos. A prefeitura – que recebeu R$ 115 mil do Ministério da Educação, entre os meses de março e maio, para a aquisição da merenda – responsabilizou os fornecedores que, segundo ela, atrasaram a entrega dos alimentos.

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