A alta da moeda americana tem gerado muitos impactos na economia em todo mundo, especialmente em setores dependentes da importação de matéria prima para produção de produtos, como é o caso do trigo com as panificações. O dólar vendo sendo cotado em média a R$ 3,00. Atualmente o Brasil tem um equilíbrio entre o fluxo de importação e exportação de trigo, já que o grão brasileiro não é adequado para a produção de pão.
O alimento está presente em quase todas as refeições e segundo a Associação dos Panificadores de Alagoas (Apea) o consumo médio é de 20 quilos ao ano por cada habitante na região do Nordeste. A instabilidade na economia vem gerando preocupação entre os empresários que estudam maneiras de repassar o aumento para o bolso do consumidor.
Alfredo Dacal, presidente da Associação dos Panificadores em Alagoas, prevê que haja aumento no preço do pão e também de outros produtos comercializados na padaria. Segundo ele, com o aumento do combustível e da energia elétrica tem sido um esforço muito grande para os comerciantes arcarem com os novos custos sem assustar os clientes com os preços.
Atualmente o quilo do pão nas padarias do Estado é de R$ 8,40 e o reajuste no preço dependerá muito dos resultados desses impactos nos comerciantes. Diante do cenário – classificado pela Associação como preocupante – no setor empresariado quem deve sofrer mesmo é o pequeno empresário.
“Padarias de grande porte ainda poderão tentar compensar esse aumento de outras formas, mas aquele panificador pequeno não terá alternativa ao não ser repassar esses custos”, explicou Dacal. Caberá a cada estabelecimento comercial fixar o valor do quilo do pão.
Dacal salientou que a situação se torna ainda mais preocupante, com o número de padarias informais na capital que comercializam o pão fora do preço tabelado. “Ainda temos a concorrência. Às vezes para chamar os clientes, até mesmo para comprar outros produtos, algumas pessoas diminuem o preço do pão para chamar a atenção”, emendou o presidente da Associação.
Assim com o trigo, a mesma situação acontece com os produtores de leite, que passaram a gastar mais para comprar alimentação para o gado e com manutenção.