Eles mudaram ou Lula lá...

18/03/2015 17:50 - Omar Coêlho
Por Foto: Blog do Coronel

O Brasil passa por um momento de profunda instabilidade política e econômica, fruto de uma ação irresponsável de usurpação da coisa pública, em benefício a um projeto de poder partidário que, supostamente, desviava recursos públicos para o Partido dos Trabalhadores e seus aliados. O escândalo não tem precedentes na história mundial, pelos valores até agora registrados e dizem que a “lesão” ao erário ainda é muito maior.  Faltam investigar o BNDES e avançar nas subsidiárias da Petrobras, pois se a matriz é utilizada, imaginem suas filiais. Deve ser uma grande festa!

 

Constitui-se em verdade o fato de que nunca fui “apaixonado” pelo PT. Em 1994, quando fui convidado a me filiar ao partido para disputar o pleito de 1995, como vice-prefeito da então deputada estadual, hoje, vereadora Heloisa Helena, não aceitei porque Lula não me passava segurança e verdade – características que sempre defendi nas pessoas de bem. O hoje desembargador Tutmés Airan e o querido Thomas Beltrão, os interlocutores, à época, talvez ainda se lembrem disto.

 

Mas, após 8 anos de gestão do PSDB, com pureza d’alma, quando Lula venceu as eleições e começou a cuidar do povo em estado de miséria, sem sombra de dúvidas, gostei. Gostei por que tinha convicção de que os tucanos jamais teriam tanta preocupação com os menos favorecidos e, por um minuto, pensei que esse trabalho de resgatar o povo daquele quadro dantesco, fosse para valer e viesse acoplada com mudanças reais, principalmente com ênfase na questão educacional, única forma de se resgatar o povo do submundo que vive.

 

Agora, voltando ao PT, até o final dos anos 90, mesmo sem sentir-me representado, costumava citá-lo como referência de partido político, que honrava seus princípios e como se conduzia nas críticas aos que estavam no governo. “Ser oposição é ser oposição”, coisa que o PSDB, por exemplo, nunca aprendeu. Diferente do que muito bem fez o Democratas, durante os mandatos de Lula, mas, que infelizmente, acomodou-se na função de ser coadjuvante dos tucanos, perdendo a chance de ser protagonista numa fase fértil e efervescente na política, como essa que atualmente vivemos.

 

Pois bem, essa referência partidária foi se diluindo ao tempo que o PT começou a trair suas bandeiras. A primeira foi à relacionada aos servidores públicos, que de protegidos passaram a vilões. Participei das reformas constitucionais do governo FHC e das do Lula e aqui fixo, exemplificando, as duas reformas da previdência. Todos sabem que quem quebrou a previdência social brasileira não foram os aposentados ou pensionistas, mas os governos que se locupletaram de suas receitas, para todas as formas de ações, por exemplo, a construção de Brasília.

 

No período FHC, conseguíamos dialogar com os parlamentares, eles ouviam as nossas razões e chegávamos a um denominador comum, em muitas das vezes. Em 2002, quando retornei à presidência da Associação Nacional dos Procuradores de Estado (ANAPE), ao tentar dialogar com os deputados e senadores percebi uma mudança estúpida. Cheguei a comentar com diversos amigos como, em um período tão pequeno, menos de uma década, os parlamentares teriam mudado tanto suas formas de agir, deixando a intolerância dominar suas condutas. O tempo passou e somente depois, com as denúncias do então deputado Roberto Jefferson, tomamos conhecimento de que a mudança de comportamento daqueles que deveriam estar representando o povo brasileiro passava pelo apego desmedido, nojento e desonroso ao vil metal: foi assim o Mensalão.

 

A assunção da presidente Dilma, mais uma vez, me deixou crente de que, apesar de petista, ela seria um diferencial, quando começou caçando todos os corruptos aliados do Lula. Mostrando as vísceras dos aliados do ex-presidente populista, que cinicamente dizia nada saber. Entretanto, no meu modesto entendimento, ela gostaria realmente de combater a corrupção, mas sucumbiu à pressão dos dirigentes do partido e ao “Al Capone” Lula da Silva. Estes são capazes de tudo, não preciso nem falar, os escândalos podem muito bem confirmar.

 

Portanto, defendo as manifestações populares, defendo a continuidade das investigações, defendo a abertura de impeachment, desde que se colham provas no atual governo, e que, para isso, basta aprofundar as investigações. Os caminhos estão abertos, basta querer acessar, ou, então, partir para punir exemplarmente os criminosos, principalmente, o “Rei Sol” petista, o pai do Lulinha, nosso herdeiro dos Rockfeller.

 

A música que comoveu boa parte dos brasileiros dizia: Lula lá!

E eu digo: Lula lá, desde que seja na Papuda!

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