Será utopia?

09/03/2015 18:40 - Omar Coêlho
Por Omar Coêlho

Comecei a escrever em 1994, quando assumi, pela primeira vez, aos 33 anos, a presidência da Associação dos Procuradores do Estado de Alagoas (APE/AL). Sempre fazia análise e crítica da triste situação vivenciada por nosso estado e o descompromisso de seus governantes. E tomei gosto. Fiz o mesmo quando presidi a Associação Nacional dos Procuradores de Estado (ANAPE). Naquela época, inclusive, pela natureza dos temas, tive artigos publicados em alguns jornais de circulação nacional, como Correio Brasiliense e Folha de São Paulo.

Mas, foi somente em 2004, que comecei a escrever regularmente em O Jornal. Em 2009, com mais de 140 artigos publicados, então candidato à reeleição na OAB/AL, considerei que seria injusto ter esse diferencial contra meu opositor e desisti de escrever. Venci aquela eleição, porém perdi o ritmo e os desafios da nova gestão me fizeram passar tanto tempo longe desse prazer de expor os meus posicionamentos e as minhas ideias.  

Ao fim do mandato, em 2012, deixei a OAB/AL com uma série de conquistas, entre elas a nova sede em Jacarecica; em seguida voltei à Procuradoria Geral do Estado e ao meu escritório, Marcos Bernardes de Mello Advogados & Associados. Ano passado fui candidato ao Senado Federal, numa experiência única, quando pude vivenciar um lado totalmente desconhecido para mim, que me rendeu 137.237 votos de felicidade, em uma disputa totalmente desigual.  

Vivenciado isso tudo, ao florescer de 2015, bateu-me uma vontade de voltar a escrever sobre aquilo que sempre me incomodou, preferencialmente, a falta de ética, de bons exemplos, de visão e do descaso de muitos de nossos homens públicos. Mas, também, a chance de sugerir, dar ideias e torcer para que nosso povo, nossa Alagoas e o Brasil, passem a ser um lugar melhor para todos.

Agradeço, pois a felicidade que me enche a alma é fruto de poder voltar a escrever, em especial, para o povo alagoano, mas também para o mundo, aqui no Cada Minuto. Agradeço aos jornalistas Carlos Melo e Luis Vilar. E por conseguir manter-se eclético e nem submeter-se as ingerências políticas, tão costumeiramente praticadas em nosso belo e sofrido estado de Alagoas.

Será utopia?

Se for, continuarei a ser um sonhador. Aliás, aos 54 anos, 32 de serviço público, 30 de advocacia, meu espírito continua com o mesmo sentimento de poder transformar a nossa realidade. Sempre ouvi dizer que, com o tempo, a gente cansa de “dar murro em ponta de faca”, mas me parece que uso luva de titânio, pois continuo acreditando que somente lutando contra o mal é que poderemos vencê-lo. Digo isso sem hipocrisia, pois foi assim que aprendi, com meus pais e família.

Começamos hoje essa caminhada e espero, sinceramente, que seja tão boa para você, como será para mim.

Até a próxima.

 

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